OPERAÇÃO EM PARAIPABA: Holandês caçado pela Interpol preso no Ceará

O estrangeiro havia sido condenado em seu país por armazenar produtos químicos usados na fabricação de drogas

Uma operação sigilosa realizada, ontem, pela Polícia Federal e agentes da Interpol (Polícia Internacional), resultou na prisão de um estrangeiro que estava foragido da Europa e vivia clandestinamente no Ceará. O suspeito, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades federais, é um holandês acusado de envolvimento com o tráfico de entorpecentes em seu país.

A operação policial ocorreu no Município de Paraipaba, no litoral Oeste do Estado (93Km de Fortaleza).

Segundo a Superintendência Regional da Polícia Federal no Ceará, através de nota distribuída à Imprensa pela sua Assessoria de Comunicação Social, o nome do estrangeiro suspeito constava na lista dos mais procurados pela Interpol, conhecida entre as autoridades diplomáticas e policiais internacionais como ´Difusão Vermelha´. Nela constam nomes de narcotraficantes, assassinos, terroristas e outros delinquentes que são condenados em seus países de origem e fogem para outros continentes.

Ceará

A PF descobriu que o holandês estava no Ceará depois de receber um alerta da Interpol, diante da possibilidade do foragido ter se estabelecido no litoral deste Estado. Investigações sigilosas foram realizadas pela equipe local da Interpol e do Serviço de Imigração, sob o comando do delegado federal Thomas Wlassak. Os informes foram confirmados a partir do momento em que os ´federais´ descobriram que o foragido havia se estabelecido e morava em uma pousada no litoral, em Paraipaba. Também na nota distribuída à Imprensa, a PF informou que o suspeito foi condenado a uma pena de 12 anos de prisão em seu país de origem.

Desde a manhã de ontem, o estrangeiro foragido permanece custodiado na carceragem da Superintendência Regional da Polícia Federal no Ceará, no bairro de Fátima. Ele aguardará preso os trâmites legais para a sua extradição.

Drogas

Na Holanda, o suspeito foi processado e sentenciado por envolvimento no armazenamento de produtos químicos destinos à fabricação de drogas não legalizadas (entorpecentes).

A PF não deu detalhes da investigação, nem revelou a quanto tempo o estrangeiro estava residindo no Ceará.

Conforme a PF, o estrangeiro permanecerá custodiado na sede da Superintendência da Polícia Federal, no bairro de Fátima, aguardando os trâmites do processo, já que as autoridades holandesas requisitaram ao governo brasileiro a extradição do foragido, fato que pode demorar alguns meses. Ontem mesmo, a PF comunicou à Embaixada a captura do holandês.

Delegado Thomas Wlassak comandou as investigações que culminaram na prisão do holandês FOTO: JOSÉ LEOMAR

FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA