Voluntários da JMJ lotam Catedral do Rio de alegria e disposição
No que depender dos milhares de jovens voluntários que lotaram na manhã desta segunda-feira (15), a Catedral Metropolitana do Rio, no Centro da cidade, a Jornada Mundial da Juventude, será não só um programa de fé, mas também de muita alegria, descontração e disposição. Carregados de malas, mochilas, colchonetes, travesseiros, bandeiras e instrumentos musicais, alguns chegaram com até quatro horas de antecedência à Catedral, onde foi feita a distribuição dos kits para os voluntários.
De ônibus, táxis e vans, os voluntários chegaram carregados de energia. E aguardaram até as 10h, quando após rezarem uma Ave Maria, receberam orientações de como retirar o kit do voluntário - uma mochila, com camiseta, boné, crucifixo, guias do voluntário, um squeeze e uma credencial. Depois de receber o kit, os jovens eram encaminhados a uma sala onde recebiam orientações de como chegar aos locais onde vão ficar alojados e que linhas de ônibus devem utilizar.
A estudante de gestão de políticas públicas, da Unicamp, Andressa Bosso, de 21 anos, uma das primeiras a retirar o kit, não cabia em si de contentamento. Agitada e ansiosa, ela contou que chegou ao Rio no domingo (14), à noite e, junto com outros voluntários, dormiu no saguão do Aeroporto Santos Dumont.
"Na verdade, nem deu pra dormir. Estávamos muito ansiosos e passamos a noite conversando. Até que 5h levantamos do acampamento, tomamos café e viemos para a Catedral. Chegamos aqui por volta das 6h", contou a jovem que participa pela primeira vez como voluntária da JMJ e vai ficar alojada na paróquia de São José, em Magalhães Bastos, na Zona Oeste. Andressa esteve em Madri como peregrina.
Na Catedral, Andressa já fez amizade com outros voluntários que também chegaram cedo. A psicóloga Erika Luciano, de 32 anos, da cidade de Paulínia (SP), descobriu entre conversas, que mora a 15 minutos da cidade de Andressa. Erika, que veio de ônibus, conheceu na Rodoviária Novo Rio, a jornalista Marcelle Campanati, de 27 anos, que veio de Cantagalo, no interior do Rio, e o fisioterapeuta de São Paulo Natanael Amparo, de 35 anos.
"Na rodoviária mesmo já começamos a trocar experiências, numa verdadeira comunhão. Até rachamos o táxi para vir à Catedral. Agora, vamos ficar separados, cada um num bairro e com uma função diferente. Mas como teremos a segunda-feira livre, nada nos impede de depois de alojados nos encontramos para passear e conhecer o Rio, até a Missa de Envio, que vai acontecer na quarta-feira, às 16h, para todos os voluntários", disse Marcelle, que vai trabalhar na área de comunicação e ficará alojada na casa de uma família no Méier, Zona Norte do Rio.
Erika vê na JMJ a oportunidade de conhecer gente do mundo inteiro que comunga da mesma fé e segue os mesmos princípios básicos na vida: ajudar ao próximo. Ela vai trabalhar na entrega de kit aos peregrinos, no Sambódromo, no Centro do Rio.
"A Jornada vai ser um momento de grande importância para o nosso conhecimento", disse a jovem que ficará alojada no Colégio Santa Mônica, em Bonsucesso, no Subúrbio.
Pernambucana de Caruaru, Regina Clemente, de 26 anos, quer repetir no Rio, agora como voluntária, a experiência de fé que teve como peregrina na JMJ de 2011, em Madri, na Espanha.
"Estamos ansiosos, porque a Jornada vai ser no Rio, no país da gente. É uma experiência nova, mas tenho certeza que vai ser muito gratificante", disse a estudante de pedagogia, que via ficar hospedada na Igreja de São Sebastião, em Bento Ribeiro, no Subúrbio.
O administrador João Paulo Spencer, de 21 anos, que veio da Paraíba no mesmo voo que Regina, estreante em JMJ, acha que trabalhar a serviço de Deus é uma dádiva.
"A gente já vai encontrando pessoas e fazendo amizades pelo caminho. Além do mais, trabalhar pelo próximo é servir a Deus. Conheço outras pessoas que vêm da Paraíba como peregrino, e estaremos juntos na próxima semana nesse momento especial que é a Jornada", disse o administrador, que vai ficar na numa casa em Vila Valqueire, no Subúrbio.
Alba Valéria MendonçaDo G1 Rio




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