Número dois da Irmandade é preso, e 29 são mortos no Egito em crise

O número dois do grupo islâmico Irmandade Muçulmana foi detido nesta sexta-feira (madrugada de sábado, horário local) no Egito, que registra, segundo a agência Reuters, um total de 29 mortos em confrontos entre apoiadores e opositores ao regime do presidente Mohamed Morsi, derrubado nesta quarta-feira pelo exército do país.

Segundo a agência, 12 pessoas morreram na cidade de Alexandria, onde há também 200 feridos. No Cairo, a informação é de que há 17 mortos. Foram ouvidos disparos, e pedras são jogadas de um lado para o outro. Há barricadas na Ponte 6 de Outubro, sobre o Rio Nilo.

Mais cedo, militares dispararam contra um grupo de islamitas que tentava se aproximar do local onde Morsi estaria sendo mantido sob cativeiro. Pelo menos três pessoas morreram.

O líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, reapareceu em um comício do grupo islâmico no Cairo, e pediu que Morsi seja reinstalado no cargo. Acompanhe a cobertura em tempo real.

A aparição de Badie surpreendeu, uma vez que havia a versão de que ele tinha sido preso pelo exército após o golpe militar da quarta-feira.

Com um helicóptero militar logo acima da multidão, Badie pediu que o exército não atirasse contra seu próprio povo e disse que as manifestações eram mais fortes que os tanques.

Mais cedo, ele pediu que as manifestações continuassem até que a Irmandade levasse Morsi "sobre seus ombros".

O presidente segue sob custódia militar desde o golpe.

Do G1, em São Paulo