Robson Roque
Após a Federação de Futebol Cearense ter divulgado portaria em que anistiava seis equipes dando-lhes o direito de disputar a Taça Fares Lopes, o Site Miséria entrevistou os presidentes dos três grandes clubes da Região do Cariri (Icasa, Guarani e Crato) em busca da posição oficial dos clubes quanto à questão. A forma de disputa do certame também foi questionada pelos dirigentes.
“A Federação tem que agir com lisura para com todos os clubes, o tratamento tem que ser linear. O Icasa é solidário com a legalidade. Não se pode ter privilégio para A ou B. A Federação tem que rever seus conceitos, porque não é demérito nenhum voltar atrás e corrigir um erro. O futebol já tem tantos problemas, então, se tem a lei, que ela seja para todos”, disse Paes de Lira, presidente do Icasa.
Recém-eleito presidente do Guarani, Marcelo Santana afirmou não concordar com a decisão “arbitrária”, da FCF “Não concordo com a atitude da federação. Deixa claro que isso é para favorecer o Fortaleza que não está garantido na Copa do Brasil do ano que vem”, disse. O dirigente leonino esteve na sede da federação e saiu de lá com o desejo de reunir clubes fora da região metropolitana a fim de criar uma associação de clubes do interior.
“É lamentável que justamente no nosso querido futebol cearense estejamos vendo uma virada de mesa. Não podemos aceitar isto”, finalizou Santana.
O Presidente do Crato, Hermano Teles, também não concorda com o que vem sendo feito e estará reunido com o restante da diretoria do clube para decidir sobre a participação na competição.
“Vamos esperar o congresso técnico para discutirmos isso. Mas não é porque o Fortaleza não tem vaga numa competição de maior porte que deva participar da Fares Lopes. Vamos ver se valerá a pena colocar o Crato na competição, porque temos que lembrar que temos despesas”, disse Hermano.
* A reportagem tentou, mas não conseguiu falar com Marcelo Santana. O repórter Toni Sousa cedeu entrevista que fez com o dirigente.