Primeiro Ba-Vi do ano é válido pela quarta rodada da segunda fase do Baianão. O árbitro goiano Wilton Pereira Sampaio apita o clássico
Por GLOBOESPORTE.COMSalvador
Domingo, 7 de abril de 2013. Um dia de reencontros para o futebol baiano. Dia de reencontrar a velha Fonte Nova, agora moderna e com status de Arena. Passaram-se 2177 dias desde o último embate no dia 22 de abril de 2007, quando Bahia e Vitória duelaram pela última vez no estado. Cinco anos, 11 meses e 15 dias. Tempo suficiente para criar uma saudade de doer o peito. Mas neste domingo, às 16h, Bahia e Vitória estarão de novo frente a frente no maior palco do futebol da Bahia.
Em um dia tão especial, Bahia e Vitória serão coadjuvantes do clássico. A grande estrela deste domingo será mesmo a Arena Fonte Nova, reformada após dois anos e oito meses de obra, a nova Fonte Nova tem capacidade para 50 mil pessoas, mas neste domingo, 41 mil torcedores estarão prontos para soltar o grito de gol. Destes, 58% tricolores e 42% rubro-negros.
Para atender a demanda da estreia 700 orientadores e 400 profissionais de segurança, além de 1320 policiais militares e civis estarão trabalhando no evento. Antes da bola rolar, o público baiano vai comemorar a abertura do estádio com um grande show. Artistas como Ivete Sangalo, Claudia Leite, Margareth Menezes e o Olodum participarão da festa.
O árbitro do Ba-Vi inaugural da Arena Fonte Nova será o goiano Wilton Pereira Sampaio. Adson Márcio Lopes Leal e José Raimundo Dias da Hora serão os assistentes da partida, válida pela quarta rodada da segunda fase do Campeonato Baiano 2013.
Clima de mistério no Fazendão
No seu primeiro Ba-Vi da carreira, Jorginho vai na base do mistério. Apesar de a maior parte do Bahia já estar definida, o treinador deixou no ar a possibilidade de mandar a campo duas formações diferentes. Em uma delas, os três volantes costumeiros: Fahel, Diones e Hélder. Na segunda, um time mais ofensivo com Marquinhos e Paulo Rosales de armadores.
O meio-de-campo não é a única dúvida do treinador para o jogo. Sem participar dos treinamentos de quinta e sexta-feira por causa de uma pancada na coxa, Titi não teve a presença confirmada na partida. Caso ele seja vetado pelo departamento médico, Brinner formará a dupla de zaga com Danny Morais.
Só que Jorginho ainda tem outra preocupação. Apesar do pedido feito à Arena Fonte Nova, o Bahia não foi liberado para treinar no novo estádio. Com a negativa, a comissão técnica solicitou que o gramado do campo central do Fazendão fosse cortado para se assemelhar ao da Fonte Nova.
- A grama lá é muito baixa e deixa a bola rápida. Se molhar então, vai ficar ainda mais rápida. Vai ser difícil para os dois times porque o Vitória também gosta de jogar com a grama alta. Por isso que pedimos para deixar o gramado daqui bem rasteiro – comentou o treinador.
O Bahia deve ir a campo com: Marcelo Lomba; Neto, Danny Morais, Titi (Brinner) e Magal; Fahel, Diones (Marquinhos), Hélder e Paulo Rosales; Adriano e Obina.
Entrosamento, retrospecto e um espião
A festa de inauguração da Arena Fonte Nova é de todos, mas, no que depender do Vitória, só os rubro-negros deixarão o estádio com um sorriso no rosto. Com 100% de aproveitamento dentro do Campeonato Baiano, melhor desempenho entre os times que disputam a segunda fase do torneio, o Leão da Barra aposta no entrosamento para superar o Bahia. O time que começará a partida deste domingo é praticamente o mesmo das últimas partidas, com a exceção de Dinei, que substitui Marcelo Nicácio, vetado pelo departamento médico.
Além do entrosamento, o retrospecto recente também enche a Toca do Leão de confiança. A última vez que o Rubro-Negro perdeu um clássico na Fonte Nova foi em fevereiro de 2004. Desta forma, o Vitória defende neste domingo uma invencibilidade de sete partidas no estádio.
Outro fator que joga em favor do Vitória é a experiência de Caio Junior. No ano passado, o treinador comandou o Bahia durante a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro e da Copa Sulamericana. A passagem pelo Fazendão deram ao técnico informações preciosas que podem ser utilizadas contra o Tricolor na Fonte Nova.
- Acho que minha obrigação é sempre conhecer o adversário. Quando você já trabalhou com alguns jogadores você conhece ainda mais. Trabalhei duas vezes com o Fahel, o Lomba e o Souza. Conheço bem a equipe do Bahia. É praticamente o mesmo time de quando passei por lá. Mas, informação apenas não é o suficiente. O que vale é impor o jogo. O que vale é a imposição dentro de campo – disse o treinador.
Para enfrentar o Bahia, o Vitória deve ir à campo com Deola; Nino, Gabriel Paulista, Victor Ramos e Mansur; Michel, Luís Alberto, Renato Cajá e Escudero; Biancucchi e Dinei.