GO - Menina que teve o rim perfurado é transferida para enfermaria

Agressão teria ocorrido porque filha vomitou e limpou o chão com a roupa.

Paula ResendeDo G1 GO

A menina de 3 anos supostamente espancada pela mãe foi transferida para a enfermaria do Hospital Materno Infantil, em Goiânia, na quarta-feira (13). Ela estava na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da unidade de saúde desde o dia 5 deste mês quando foi internada devido a uma perfuração no intestino.

Segundo a polícia, a mãe da garota confessou o crime e está presa na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Ela contou à delegada que a agressão aconteceu porque a filha havia vomitado após tomar banho e limpou o chão com a própria roupa. Segundo o relato da mãe, a garota teria ido atrás dela pedindo perdão. Nesse momento, disse, ela a empurrou contra uma cadeira, na cozinha da casa.

De acordo com os médicos do Materno Infantil, a criança melhorou bastante do dia em que internou. O tratamento agora é com antibióticos, informou a equipe de saúde. Mesmo com o avanço no quadro clínico, a menina não tem previsão de alta.

A mulher alegou, em depoimento à delegada da DPCA Renata Vieira, que perdeu a cabeça e bateu na criança com um cinto ao vê-la suja. "Depois, ela mordeu o bumbum da menina com \'força, raiva e para machucar\'", contou a delegada. A mãe, ainda transtornada, bateu na filha com um pedaço de madeira, informa Renata Viera.

De acordo com a delegada, a mulher responderá por lesão corporal grave resultante de perigo de vida e com agravo por agredir a própria filha. Se condenada, pode pegar até oito anos de prisão.

Denúncia
A mulher mora com o companheiro e mais três enteados. Renata Vieira afirmou que o padrasto da criança , em tese, não parece ter envolvimento com o espancamento, pois ele não estava em casa no momento em que a menina foi espancada.

A polícia soube do espancamento depois que duas das enteadas comentaram na igreja que a família frequenta que a irmã mais nova estava muito machucada. Frequentadores da igreja resolveram então chamar a polícia que foi até a casa da mulher.

A pastora da igreja, Patrícia Gonçalves Maciel, disse ao G1 que aquela não seria a primeira vez que a menina havia sido agredida.  "Há mais ou menos um mês, a criança também apareceu toda machucada na igreja. Ela disse que faz isso e depois se arrepende", revelou Patrícia.