Prefeita de Mimoso do Sul, no ES, expõe carros sucateados em praça

Administração anterior ainda deixou dívidas e salários atrasados.

Mário BragaDo G1 ES

A nova prefeita de Mimoso do Sul, na região Sul do Espírito Santo, Flávia Cysne, expôs vários materiais sucateados em uma praça pública, nesta segunda-feira (14), alegando mostrar para a população as condições que se encontram parte dos equipamentos de trabalho da atual administração do município. Foram expostos pneus furados, peças quebradas, tratores desmontados, entre outros automóveis.

Dos 76 veículos da prefeitura, 58 estão sem condições para uso, segundo a nova gestão. Na última sexta-feira (11), Cysne decretou situação de emergência administrativa e financeira de Mimoso, mas a promessa é que a situação seja normalizada em 100 dias. O ex-prefeito não foi encontrado para explicar a situação.

"A maior parte dos veículos estão com problemas de motor e outros necessitam de revisão, mas outros tantos não têm mais condições, precisa fazer é um leilão. Muitas pessoas nos chamam para fazer trabalhos nas estradas, mas nós não temos condições de fazer nada", disse o novo secretário de Infraestrutura da cidade, Nilton Ferreira.

Um levantamento inicial aponta uma dívida de R$ 4 milhões, herdada da administração anterior. Segundo a prefeita Flávia Cysne, além dos equipamentos sucateados, computadores foram roubados e informações também foram apagadas. Um furgão novo, equipado para fazer atendimentos odontológicos, não pode ser usado porque faltam equipamentos, segundo a prefeitura.

Cysne também informou que o orçamento mensal do município é de R$ 2,7 milhões. Só para o hospital da cidade, que chegou a interromper os atendimentos três vezes por atraso no repasse de verbas, a quantia devida ultrapassa R$ 1 milhão. De acordo com o levantamento realizado nos primeiros dias do ano, o pagamento dos servidores, referente ao mês de dezembro de 2012 e o 13º salário, não foram efetuados.

"O pagamento não foi realizado e muitos aposentados reclamam por não ter recebido o benefício, mas no momentos não temos meios legais de fazer esses pagamentos. Por conta dessa situação, nós pedimos paciência à população para normalizamos tudo em até três meses", disse a prefeita.