Administração diverge sobre reabertura da Feira da Rua São Paulo

Madson Vagner 

A população de Juazeiro do Norte está sem entender a afirmação do vice-prefeito e secretário de Meio Ambiente, Luiz Ivan, esta semana, de que a tendência natural é que a Feirinha da Rua São Paulo volte para seu lugar, ou seja, o meio da rua.

Luiz Ivan disse que existe uma vontade dos feirantes de retornar ao local de origem e que por isso será, quase, inevitável o retorno. A feira funcionou durante décadas nas proximidades do Mercado Central e foi removida pelo ex-prefeito Manoel Santana em janeiro de 2010, por atrapalhar o trânsito de carros e pedestres.

Já ex-secretário do Meio Ambiente e atual titular da Autarquia de Meio Ambiente, Eraldo Oliveira, disse que não existe a menor possibilidade do retorno. Para ele, houve um mal entendido na entrevista do vive-prefeito, mas que a população pode ficar tranquila que isso não acontecerá.

Quando funcionava, a feira abrigava cerca de 100 barracas, onde trabalhavam em torno de 200 pessoas. Após a retirada houve muita reclamação sobre a queda no rendimento dos feirantes que acabaram peregrinando por vários lugares até se instalarem em definitivo no primeiro piso do Mercado Central.

A feira ficou conhecida pelas correntes que fechavam a rua nos horários de movimento causando grande transtorno ao trânsito já caótico do centro da cidade. Retornar depois de 2 anos de trânsito mais livre, é voltar, como dizem os formadores de opinião da cidade, ao símbolo do atraso estrutural da terra do Padre Cícero.

Se, realmente, vai votar ou não, ainda é uma dúvida. Mas, o grande problema é que a dúvida e a falta de consenso de setores da administração estimulam outros casos parecidos como a Feira do Peixe e a Feira da Troca para, também, reivindicarem o retorno aos locais de origem. E aí, literalmente, Juazeiro dará um grande passo no retorno ao passado.