Gol de Guilherme em Santos x São Paulo — Foto: Reinaldo Campos/AGIF
Por Ana Canhedo — Santos, SP - 02/02/2025
O Santos viveu dias de êxtase nas últimas horas, com a apresentação de Neymar e a virada no clássico contra o São Paulo, por 3 a 1, na Vila Belmiro, neste sábado, com direito a marcação do gol de número 13 mil, marca da qual o Alvinegro se orgulha. Êxtase que faz o santista sonhar com dias melhores e vitoriosos ao lado de seu ídolo que está de volta e vai jogar o Campeonato Paulista.
Se todas as atenções na última sexta-feira se voltaram para Neymar, no sábado o Santos tinha uma missão importante a cumprir: a vitória sobre o São Paulo valeria não só os três pontos, mas também a retomada de um caminho perdido nas últimas rodadas, com três derrotas seguidas.
Pedro Caixinha, feliz por ter um dos melhores jogadores do mundo em seu elenco, tinha a obrigação de dar uma resposta à altura dos acontecimentos, fazendo sua equipe reagir no estadual e voltar a brigar para estar entre os melhores do estado. Aconteceu, mas não sem sustos.
Filme antigo
O começo do jogo foi caótico para o Santos: pouco mais de sete minutos e o técnico já havia sido expulso pelo árbitro, mostrando-se nervoso com a situação e, naturalmente, pressionado. A vitória expressiva parecia muito, mas muito, distante do Peixe.
Piorou aos 37 minutos, quando Lucas Moura aproveitou boa jogada de Calleri e vacilo da defesa alvinegra para abrir o placar a favor do São Paulo. O problema defensivo já vinha incomodando o Santos em jogadas de bola aérea nas últimas rodadas e estava ali novamente, em dia de festa.
O jogo virou a favor do Santos minutos depois. Não no placar, mas na postura. Justamente uma das insistências de Caixinha: mexer mais no comportamento da equipe do que na tática. Bem postado em campo e ligado no jogo, o Peixe começou a construir a virada ainda no primeiro tempo.
Ataque entrosado
A noite era de festa. Decisão irrefutável dos deuses do futebol depois do dilúvio que assolou Santos horas a fio. Se o jogo quase foi adiado por poças no gramado, Guilherme abriu caminho para a vitória com o gol de número 13 mil na história do Santos, o time mais artilheiro do mundo.
Dali em diante, o Peixe passou a dominar a partida, principalmente na etapa final. Aos sete minu-tos, Gabriel Bontempo já decretava a virada santista com contundência e ótimo futebol. Sem con-seguir reagir, o São Paulo se viu cercado por um time organizado e ofensivo.
Guilherme ainda faria mais um no meio da etapa final, em um jogo que coroou destaques individuais com o coro da torcida: o próprio artilheiro, Soteldo, Tiquinho Soares... Todos com o nome cantado pelos torcedores felizes com o rendimento santista.
Tiquinho Soares, inclusive, começa a se soltar e protagonizar atuações melhores com a camisa do Santos abrindo espaços. Deu assistência, embora não tenha marcado gol, e tem tudo para despontar ao lado de... Neymar! O astro vem aí, na quarta-feira, na Vila Belmiro.
https://ge.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/noticia/2025/02/02/analise-santos-encaixa-em-classico-e-faz-torcida-sonhar-com-dias-perfeitos-ao-lado-de-neymar.ghtml