Escrito por Redaçãoproducaodiario@svm.com.br - 07 de Janeiro de 2025
Legenda: Francisca Maria da Silva já havia perdido outros dois filhos em agosto de 2024 por envenenamento - Foto: Reprodução/TV Cidade Verde
Legenda: O laudo feito pela perícia do Instituto de Medicina Legal (IML) sobre a comida ingerida pela família mostrou que havia veneno no baião de dois.
Foto: Reprodução/ TV Globo
A quarta vítima de um alimento intoxicado em Parnaíba, no Piauí, morreu na madrugada desta terça-feira (7). Francisca Maria da Silva, de 32 anos, era a mãe de duas crianças e irmã de um jovem de 18, que também morreram envenenados. A outra filha dela, uma menina de quatro anos, segue internada em estado grave. As informações são do g1.
Outras quatro pessoas da mesma família que também ingeriram o alimento receberam alta do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). As oito vítimas deram entrada na unidade de saúde na última quarta-feira (1º), após alegarem terem comido um baião de dois preparado para a ceia de Ano Novo, no dia anterior.
Anteriormente, em agosto de 2024, Francisca havia perdido outros dois filhos por envenenamento. Na ocasião, os menores de 7 e 8 anos comeram uma fruta de caju contaminada, que foi entregue como presente por uma vizinha. A mulher está presa por duplo homicídio qualificado.
O veneno encontrado nos cajus e no baião de dois foi o mesmo, o chamado "terbufós", parecido com o conhecido "chumbinho". A substância é amplamente utilizada como inseticida e nematicida no combate a pragas agrícolas.
A partir do achado do veneno e da semelhança entre os dois casos, a Polícia Civil do Piauí começou a tratar a nova ocorrência como tentativa de homicídio, na busca por descobrir como a substância foi parar no baião. "É impossível ter ido parar lá sem intenção de alguém", comentou o delegado Abimael Silva ao g1.
Como aconteceu o crime?
Na noite de Réveillon, os membros da família de Francisca comemoraram a passagem de ano com uma ceia, com carne, feijão-tropeiro e baião de dois. Quando todos comeram e as comemorações acabaram, todos se retiraram para dormir.
No dia seguinte, um casal que trabalha com doações de alimentos entregou à família peixes que também haviam sido distribuídos na região. Assim, a família fritou os peixes e reaproveitou o que sobrou da comida da noite anterior. Pouco tempo depois, todos se sentiram mal.
A polícia segue investigando o caso, em busca de descobrir quem cometeu o crime. Segundo o diretor do IML, o veneno foi colocado em grande quantidade no baião de dois, com grânulos visíveis no arroz. Já no peixe doado nada foi encontrado, e o casal que fez a doação não é mais considerado suspeito pela Polícia.
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