Ele já está praticamente definido para enfrentar Obama em novembro.
Da Reuters
Mitt Romney deve selar formalmente sua indicação como candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Republicano com uma ampla vitória na eleição primária do Texas nesta terça-feira (29), conquistando impulso para o duelo de 6 de novembro contra o presidente democrata Barack Obama.
O Texas envia 155 delegados à convenção partidária nacional de agosto, na Flórida, e Romney precisa de menos de metade deles para ultrapassar a marca de 1.144 delegados necessários para receber a indicação.
A escolha do candidato republicano foi um processo longo e sinuoso. Ao longo dos últimos meses sucessivos pré-candidatos conservadores vêm desistindo, abrindo caminho para o moderado ex-governador de Massachusetts.
O próprio Romney não irá ao Texas nesta terça. De olho na eleição geral de novembro, fará campanha em Las Vegas na companhia de um ex-pré-candidato conservador, Newt Gingrich, e do magnata imobiliário Donald Trump.
A vitória no Texas acaba de vez com o risco de uma rebelião conservadora contra Romney na convenção partidária, como Gingrich ameaçou fazer quando a disputa ainda estava acirrada. "Significa que ele está blindado", disse o estrategista republicano Ron Bonjean.
E significa também que a campanha de Romney pode começar a escalar oradores para o evento e a negociar uma plataforma política com o Comitê Nacional Republicano.
A definição oficial da candidatura marca também o início da fase mais intensa da campanha eleitoral, com duração de cinco meses, embora a campanha de Obama já venha nas últimas semanas lançando ataques online contra Romney por causa do seu passado como executivo do setor financeiro.
Republicanos e democratas estão virtualmente empatados nas pesquisas e também na arrecadação de fundos para a campanha, o que significa que haverá uma divisão bastante equitativa do espaço publicitário nas TVs (nos EUA, todos os anúncios eleitorais são pagos).
Para Romney, a principal estratégia é atacar Obama pela fraca recuperação econômica dos últimos anos. As pesquisas indicam que o eleitorado de fato acha Romney mais bem preparado do que Obama para lidar com a economia.
Derrotado nas prévias republicanas de 2008, quando o candidato foi o senador John McCain, Romney disse à colunista Peggy Noonan, do Wall Street Journal, que existe hoje "um grau muito maior de ansiedade" com relação à economia do que há quatro anos.
"As pessoas (estão) muito menos confiantes com a segurança dos seus empregos, menos confiantes com as perspectivas para os seus filhos", afirmou.