No tempo normal, Ricardo Bueno marcou o gol do Figueirense na única finalização que o Glorioso cedeu. Time carioca poucou criou, mas conseguiu a classificação nos pênaltis
Walace Borges – Rio de Janeiro (RJ)
Foi suado, mas o Botafogo conseguiu se classificar para às oitavas de final da Copa do Brasil. Mesmo com a derrota por 1 a 0 no tempo normal para o Figueirense, no Orlando Scarpelli, o Glorioso superou o nervosismo e Jefferson foi o encarregado da classificação. O time deixou definitavamente a eliminação da Copa do Brasil de 2007 para trás, quando acabou caindo na semifinal da competição para a equipe catarinense.
Verdade seja dita, o Alvinegro carioca foi mal, não mereceu ganhar. Porém, na hora decisiva, mostrou porque tem no seu capitão a grande arma para chegar longe. Foram dois pênaltis na conta dele e uma classificação muito comemorada.
VACILO CUSTOU CARO
Se a expectativa era que o Botafogo não teria muitos problemas para resolver a situação contra o Figueirense, mas a realidade se mostrou totalmente contrária. No começo até enganou. Aos quatro minutos, Gabriel acertou o travessão após linda troca de passes. E foi isso.
Perdido, o Botafogo não conseguiu envolver o adversário e ainda se complicou. Aos 9, Rodrigo fez a festa pela esquerda e cruzou na medida para Ricardo Bueno cabecear para o fundo do gol.
Verdade seja dita, a situação poderia ter sido pior. Em lance isolado, Rafael Costa apareceu livre entre os zagueiros do Botafogo, mas Jefferson desarmou o adversário. No final, com Seedorf e Lodeiro, o time comandado por Oswaldo de Oliveira até fez fumaça, mas Tiago Volpi salvou o Figueira.
TRAVADO DEMAIS
Pode até ter sido o frio, mas o Botafogo pareceu um tanto quanto travado no segundo tempo. A não ser por um belo chute de Lodeiro, aos 6 minutos, que obrigou Tiago Volpi a fazer linda defesa, o Glorioso não conseguiu ser efetivo. Não que o adversário fosse incrível também, mas o suficiente para não sofrer pressão.
Oswaldo bem que tentou deixar as coisas mais simples. Sacou Vitinho, muito mal no jogo, e colocou Alex. Com mais um centroavante, procurou complicar a vida da zaga adversária. Não conseguiu, o Botafogo continuou muito travado, muito longe do futebol mostrado outrora.
Motivos para o pífio futebol apresentado podem ter sido muitos. Frio, Seedorf apagado ou um adversário arrumado. Qualquer um, provavelmente. O último lance de perigo do tempo normal foi com Seedorf, aos 47 do segundo tempo. O camisa 10 rabiscou os zagueiros e bateu fraco para boa defesa de Tiago Volpi. Drama até o final.
DECISÃO NOS PÊNALTIS
Não há botafoguense que não saiba o que é se desesperar, e nesta quarta-feira não foi diferente. Nas primeiras cobranças, Lodeiro e Ricardo Bueno perderam. Depois, Seedorf e Tchô fizeram com maestria. Na terceira cobrança foi a vez de Renato bater no meio do gol e marcar, enquanto Wellington Saci soltou o balaço no canto esquerdo de Jefferson.
Mas quando as coisas pareciam estar acertando para o Glorioso, Edilson perdeu a quarta cobrança. Mas quem tem goleiro de Seleção se garante. Jefferson pegou o pênalti cobrado por André Rocha. Na última cobrança, Dória e Thiego marcaram. E vamos às cobranças alternadas.
Alex marca a primeira. Bruno Pires também. Rafael Marques colocou no ângulo, mesmo extremamente pressionado. E foi a hora do melhor goleiro do Brasil, Jefferson pega o pênalti de Nem e classifica o Botafogo.
FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE 1 (4) X (5) 0 BOTAFOGO
Local: Estádio Orlando Scarpelli, Florianópolis (SC)
Data/hora: 24/7/2013 – 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS)
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa - RS) e Marcelo Bertanha Barison (SP)
GOLS: Ricardo Bueno, aos 9\'/1ºT (1-0)
Cartões amarelos: Maylson, Rodrigo, Nem e André Rocha (FIG); Alex, Bolívar, Marcelo Mattos e Dória (BOT)
FIGUEIRENSE: Tiago Volpi, Willian, Thiego, Bruno Pires e Wellington Saci; Andre Rocha, Nem, Maylson (Dener, aos 19\'/2ºT) e Rodrigo (Tchô, aos 22\'/2ºT); Rafael Costa (Ricardinho, no intervalo) e Ricardo Bueno – Técnico: Adilson Batista
BOTAFOGO: Jefferson, Gilberto (Edilson, aos 29\'/2ºT), Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos (Renato, aos 43\'/2ºT), Gabriel, Lodeiro, Seedorf e Vitinho (Alex, aos 17\'/2ºT); Rafael Marques - Técnico: Oswaldo de Oliveira.