Expectativa é de dois milhões de pessoas na Via Sacra, no dia 26.
No planejamento de segurança adotado pela Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos, vinculada ao Ministério da Justiça, Copacabana, na Zona Sul do Rio é a área mais complexa, já que o bairro deve receber cerca de dois milhões de pessoas na Via Sacra, que será realizada no dia 26, e terá a presença do Papa Francisco. Mais de dez mil agentes, entre policiais federais, rodoviários federais, civis, bombeiros, trânsito e defesa civil, vão atuar no esquema.
"As áreas mais complexas são definidas pela quantidade de pessoas. Copacabana é a área mais complexa. Houve necessidade de algum deslocamento de efetivo. Mas não foram modificações profundas no planejamento, ele se manteve", completou José Monteiro, diretor de operações da secretaria.
Para a missa de abertura, no dia 23, a expectativa é de 500 mil pessoas. Na cerimônia de acolhida, 25 de julho, são esperadas 1,5 milhões de fiéis, e na Via Sacra, dois milhões. Segundo ele, as polícias federal e rodoviária federal ficarão responsáveis pela escolta do papamóvel.
Réveillon
O diretor de operações apontou ainda as principais diferenças entre os grande eventos, como JMJ e réveillon, que reúne, todos os anos, milhares se pessoas no bairro de Copacabana. "Nos atos centrais temos grandes deslocamentos, maior parte na região norte e oeste do Rio. No réveillon é na Zona Sul. Nos atos, a festa é concentrada, no réveillon é pulverizada. Nos atos centrais, envolve autorizações, no réveillon não. Nos atos centrais é preciso manter um corredor de passagem e no réveillon, a multidão tem acesso a todos os locais", explicou acrescentando no entanto, que não haverá interdição das vias do bairro para os peregrinos.
Manifestações
O diretor de operações, Jose Monteiro, afirmou ainda que está monitorando as redes sociais para garantir que, caso manifestações ocorram durante a JMJ, aconteçam de forma pacifica.
"Nós estamos monitorando as redes sociais. É um papel nosso para garantir se as manifestações, caso sejam marcadas, ocorram de forma pacifica. A gente precisa reservar dois grandes interesses de quem vem pro evento: motivação religiosa e o interesse das pessoas que procuram a visibilidade de um ato como essa pra se manifestar. No meio desses interesses, temos as pessoas que buscam a oportunidade pra cometer algum ato de violência, pra cometer algum crime. A policia vai usar dos meios necessários, proporcionalmente para fazer cessar qualquer ato criminoso que seja feito", garantiu.
Ele afirmou ainda que acredita que a polícia militar do Rio de Janeiro tem pautado as suas atividades com "a técnica necessária, força necessária e meios necessários".
“As policiais vão utilizar o armamento menos letal quando for necessário. Depende de como a situação se apresentar. O uso de armamento jamais é a primeira opção”, completou.
Ainda segundo ele, a maior parte do efetivo estará localizado em Copacabana, onde haverá oficiais não caracterizados no meio da multidão, além de agentes da Força Nacional e militar.
“Se eu tenho alguma coisa acontecendo no meio da multidão, a aplicação de qualquer armamento não letal ela pode causar mais risco do que a própria situação em si,
Cada caso é um caso. Não existe uma receita de bolo pra isso. Jamais vamos fazer a utilização de qualquer meio que possa causar mais danos”.
"As pessoas que se manifestam elas até agora não se manifestaram contra um evento de natureza religiosa. Se houver algum movimento de violência, isso pode causar correria", afirmou.
Cristiane CardosoDo G1 Rio