Dois PMs e pelo menos mais três pessoas são mortos na Grande SP

Uma das vítimas foi morta em Santo André, no ABC.

G1 São Paulo

Dois policiais militares e pelo menos outras três pessoas morreram na madrugada desta quinta-feira (1º) na capital paulista e na região do ABC. Outras duas pessoas foram baleadas no Centro de São Paulo.

Os PMs, que exerciam a profissão há mais de dez anos, estavam de folga e foram atingidos por pelo menos cinco disparos na Rua Paraíba, na favela de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo. Eles foram levados ao Pronto-Socorro do Hospital Heliópolis, mas não resistiram.

A PM não soube informar as circunstâncias do ataque. “Nós não temos como dizer se tiveram tempo hábil para fugir”, disse o sargento Roanderson Rodrigues. A polícia  não sabe se eles estavam armados no momento do ataque. Os documentos dos PMs também não foram encontrados.

Uma moto sem placa foi encontrada lado do soldado da Força Tática e ao cabo das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam). Segundo a polícia, ela não pertencia aos policiais.

Horas mais tarde, a moto de um dos PMs foi encontrada na Avenida Guido Aliberti, em São Caetano do Sul, no ABC. Uma testemunha disse à polícia ter visto uma pessoa deixar a moto e fugir em um carro. O crime deve ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Na região central de São Paulo, dois homens foram baleados, na Rua Canindé, no Pari, por uma dupla que estava em uma moto. Eles foram socorridos, mas não corriam risco de morrer.

Na Zona Sul da capital, um vigilante noturno foi executado com cinco tiros nas costas na Avenida Nossa Senhora do Sabará, no Campo Grande. Ele foi encontrado dentro do próprio carro. No Parque São José, na região de Santo Amaro, também na Zona Sul, um homem de 30 anos foi baleado na rua e morreu no Hospital do Grajaú.

Na região do ABC, um homem foi baleado na Vila Gilda, em Santo André, e morreu. Os pertences encontrados no local do crime indicam que a vítima era um morador de rua.

Ajuda federal
O aumento recente do número de homicídios na Grande São Paulo e as execuções de PMs provocaram desentendimentos entre os governos estadual e federal. Desde o início do ano, 86 policiais foram executados.

Brasília oferece parcerias em um plano de inteligência contra o crime. O governo paulista reivindica verba para equipamentos. Nesta terça-feira (30), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, trocaram críticas sobre a ajuda.

Primeiro, o secretário negou ter recebido oferta de apoio formal, disse ter apenas recebido visita de cortesia do ministro em julho e ainda questionou qual seria o papel da Polícia Federal na onda de violência. Após as declarações, à tarde, o ministério divulgou nota rebatendo Ferreira Pinto.