Motivo é impostos que incidem sobre salários e benefícios para crianças.
Da Reuters
Os principais sindicatos argentinos realizam nesta quarta-feira (27) uma greve de um dia e planejam caminhada até o palácio presidencial pedindo cortes nos impostos, no maior desafio político ao governo desde 2008.
A greve foi convocada por Hugo Moyano, líder do poderoso sindicato que reúne 200 mil caminhoneiros e da principal federação de trabalhadores do país (CGT). Moyano era um aliado de longa data da presidente Cristina Kirchner, mas o vínculo foi quebrado no ano passado.
Ela ocorre no mesmo dia do primeiro jogo da final da Libertadores, entre Boca Juniors e Corinthians.
O sindicato dos caminhoneiros, temido pelos governo por seu potencial de paralisar o país, realizou na semana passada paralisação de dois dias no transporte de combustíveis, que chegou a faltar no país e levou a uma resposta severa do governo.
O grupo encerrou o movimento depois que as empresas concordaram com uma taxa de aumento salarial de 25,5%. Mas eles anunciaram a greve desta quarta-feira por conta dos impostos que incidem sobre os salários e por benefícios para crianças, que eles desejam que sejam estendidos.
O aumento de salários -que cresceram basicamente em linha com a inflação- significa que mais trabalhadores deixam de ser isentos do Imposto de Renda. Com a greve eles querem elevar o teto de isenção, mas a demanda foi rejeitada pela presidente.
Os grevistas planejam uma caminhada pelo centro de Buenos Aires até o palácio presidencial nesta tarde.
Além dos caminhoneiros, outros sindicatos se juntaram ao protesto, incluindo professores, funcionários públicos, pilotos de avião e trabalhadores portuários.