Seleção cai diante dos EUA na estreia da fase final do Grand Prix

Time comandado por José Roberto Guimarães é superado pelas americanas, que seguem com 100% de aproveitamento no torneio

LANCEPRESS!
Ningbo (CHN)

O Brasil estreou com derrota na fase final do Grand Prix feminino de vôlei. Em Ningbo (CHN), o time comandado por José Roberto Guimarães não resistiu à força das americanas, invictas na última competição antes dos Jogos Olímpicos de Londres. Os Estados Unidos fizeram 3 sets a 2, com parciais de 25-19, 25-20, 20-25 e 13-25 e 15-13 e saíram na frente em busca do tricampeonato do torneio (foram campeãs também em 2010 e em 2011).

Apesar da superioridade, o time ianque não conta com suas principais jogadoras na China. Foluke Akinradewo, Destinee Hooker, Jordan Larson, Logan Tom e Lindsey Berg, que compõem a base bicampeã do Grand Prix, não viajaram à China. As atletas foram mantidas no país, em busca de uma melhor recuparação física antes dos Jogos Olímpicos (de 27 de julho a 12 de agosto).

A vitória acentua a "freguesia" brasileira diante das rivais americanas. Os Estados Unidos já haviam vencido todos os últimos importantes duelos contra o Brasil, desde o Grand Prix de 2010. De lá para cá, elas faturaram os encontros no Grand Prix de 2011, na Copa do Mundo e na fase inicial do Grand Prix deste ano.

A Seleção Brasileira volta à quadra na manhã desta quinta-feira. O time nacional encara a China, às 8h30 (de Brasília), e tenta seguir na briga para conquistar o seu nono título do Grand Prix. As americanas buscam a 11ª vitória consecutiva nesta edição do torneio diante da Tailândia, novamente às 2h (de Brasília)

O JOGO

Mesmo sem as principais jogadoras da equipe que obteve a campanha perfeita até a fase final do Grand Prix, os Estados Unidos deram mostras no primeiro set de um padrão de jogo ainda não alcançado pela Seleção Brasileira. Com poucos erros, o time comandado por Hugh McCutcheon controlou as ações, enquanto o time verde e amarelo abusava dos erros.

José Roberto Guimarães mexeu cedo no time e, ainda na primeira metade do set, fez a opção de colocar Fernandinha e Fernanda Garay nos lugares de Fabíola e Paula Pequeno. As mudanças não alteraram o panorama do duelo. Mari e Camila Brait foram outras tentativas em vão do técnico brasileiro e não puderam impedir que as americanas fechassem a parcial em 25 a 19.

A Seleção voltou um pouco mais ligada para o segundo set, de volta com a formação inicial. Mais eficiente ofensivamente, a equipe liderou o marcador até o segundo tempo técnico (16 a 14). A passagem da levantadora Courtney Thompson pelo saque, no entanto, desestabilizou a recepção brasileira. Com sete pontos seguidos, os Estados Unidos tomaram conta da parcial e abriram cinco pontos de frente (21 a 16).

Thompson desestabilizou não só a recepção brasileira, como os nervos do time. A Seleção voltou a apresentar os mesmos erros, cruciais na perda do primeiro set, na segunda parcial, e foi superada por 25 a 20.

Da virada sofrida no segundo set em diante, o time brasileiro foi outro. A relação bloqueio-defesa, tecla na qual tanto bate o técnico José Roberto Guimarães, passou a fazer a diferença para a Seleção. Sheilla, principal opção ofensiva da Seleção, passou a ser acionada com mais frequência e correspondeu aos chamados de Fabíola. Ela foi a maior anotadora do Brasil no confronto, com 22 pontos.

O auxílio da oposto foi fundamental para que a Seleção vencesse as duas parciais seguintes e voltasse para o duelo. O terceiro set foi vencido em 29 minutos, por 25 a 20, enquanto o quarto set veio para a conta brasileira com mais facilidade, depois de 23 minutos, por 25 a 13.

No sexto tiebreak que a Seleção disputou em todo o torneio, veio a primeira falha. Com cinco vitórias neste tipo de circunstância, o time brasileiro foi superado por 15 a 13.