Alta velocidade e embriaguez provocaram acidentes.
A véspera de São João foi muito comemorada em Campina Grande, mas poderia ter sido mais tranquila não fossem tantos acidentes de trânsito na cidade. Durante as festividades, o fluxo de veículos quase triplica pelas ruas segundo a Companhia de Policiamento de Trânsito (Cptran). Entre as 20h do sábado (23) e as 8h deste domingo (24), dia de São João, o Hospital de Emergência e Trauma da cidade realizou atendimento a 46 vítimas de acidentes com motocicletas. A reportagem do G1 flagrou alguns destes acidentes.
Na noite do sábado, por volta das 20h, uma van que fazia o transporte de turistas para o Parque do Povo bateu de frente com uma motocicleta no cruzamento das ruas Siqueira Campos e Getúlio Vargas. De acordo com a Polícia Militar, o motorista da van não é da cidade e não conhecia o trecho, ele não teria entendido a sinalização e invadido a contramão. Mas a PM também informou que o mototaxista invadiu o sinal vermelho antes da batida. A moto ainda bateu em um poste e o piloto teve fratura exposta e quebrou o fêmur. Ele foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital de Trauma de Campina Grande.
Na manhã deste domingo (24) outro grave acidente foi registrado pelos policiais da Cptran. Duas motocicletas bateram de frente em uma Avenida da cidade e os pilotos precisaram de atendimento do Samu. Segundo a Cptran, um motociclista fez o contorno em alta velocidade, teria perdido o controle do veículo, cruzado o canteiro e batido na outra moto, que vinha no sentido contrário. Um dos pilotos teve fratura exposta e quebrou o braço direito. O outro teve ferimentos leves pelo corpo.
Na mesma Avenida, que fica no bairro de Bodocongó, um homem pilotava uma motocicleta do tipo cinquentinha, quando perdeu o controle do veículo e bateu no canteiro central da pista. Ele ficou imóvel esperando o atendimento do Samu e pode ter tido fraturas pelo corpo inteiro, segundo o Hospital de Trauma. A Cptran acredita que ele tenha ingerido bebida alcoólica antes de pilotar a motocicleta.
O Hospital de Trauma de Campina Grande informou que os gastos por mês com o atendimento às vítimas ficam em torno de R$ 1,5 milhão por mês. “Aumentam substancialmente estes atendimento no período junino, principalmente porque as pessoas ingerem bebida alcoólica e saem dirigindo. Há a necessidade de uma fiscalização mais rígida”, disse o diretor do hospital, Geraldo Antônio.