Governo quer resolver impasse para manter obra de R$ 10 bi, diz Cid Gomes.
A instalação da refinaria de petróleo no Ceará pode ser adiada por conta de um impasse com uma comunidade indígena, que mora em parte da área onde está previsto o empreendimento, no valor de R$ 10 bilhões.
O terreno, vizinho ao porto do Pecém, tem área igual a dois mil quarteirões. A licença ambiental foi concedida, os moradores foram indenizados e as casas demolidas. A obra só não começou porque parte do terreno foi declarado de interesse indígena pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
A Petrobras divulgou um plano parcial de investimentos para os próximos quatro anos sem a refinaria no Ceará. A refinaria é o maior empreendimento previsto para o Complexo Portuário do Pecém. Vai ser uma âncora de investimentos para impulsionar a indústria cearense, principalmente a metalmecânica.
Segundo o governador Cid Gomes (PSB), as famílias que se consideram índios Anacés pedem o apoio para que seja adquirida uma área onde eles possam viver segundo as suas tradições. De acordo com Cid Gomes, o governo quer resolver o impasse para não perder o investimento da Petrobras. “Eu estou sensível e solidário a isso. Venho tratando essa questão com a Petrobras. Já estive pessoalmente com a presidente da Petrobras”, disse o governador.
O possível atraso das obras preocupa os empresários. “Acho que nós temos de garantir e fazer com que esse adiamento anunciado não seja verdadeiro”, opinou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Roberto Macêdo.