Veja cinco curiosidades sobre o concurso Miss Universo 2025

Candidatas com mais de 40 anos, trans e estreia de palestina são destaques.

Legenda: Candidatas em desfile do Miss Universo 2025.

Foto: Lillian SUWANRUMPHA / AFP. - Foto: Lillian SUWANRUMPHA / AFP - 

Legenda: Imagem de divulgação de Huong Giang Nguyen no Miss Universo 2025.

Foto: Reprodução/Instagram

Legenda: Miss Palestine Nadeen Ayoub sobe ao palco durante a apresentação nacional de figurinos do Miss Universo 2025 em Nonthaburi, ao norte de Bangkok, em 19 de novembro de 2025.

Escrito por Redação 20 de Novembro de 2025  

A diversidade marca o concurso Miss Universo 2025, que reúne 121 candidatas na Tailândia e promete uma das edições mais simbólicas dos últimos anos, com estreias históricas, representantes acima dos 40 anos e vozes potentes de inclusão. A grande final do concurso de beleza da 74ª edição ocorre na sexta-feira (21), em Bangkok. 

A reportagem separou cinco curiosidades da edição deste ano do Miss Universo que merecem ser destacadas:

1. A estreia histórica da Palestina

Pela primeira vez, a Palestina participa do Miss Universo. A representante é a modelo Nadeen Ayoub, 30, cuja nomeação gerou forte repercussão internacional.

Em agosto, ao ser anunciada, ela publicou uma mensagem potente: “Subirei ao palco não apenas com um título, mas com uma verdade. Enquanto a Palestina sofre com a dor — especialmente em Gaza —, carrego a voz de um povo que se recusa a ser silenciado".

2. Duas concorrentes com mais de 40 anos

A edição de 2025 marca um avanço na inclusão etária. Pela primeira vez, duas mulheres acima dos 40 participam do concurso:

• Nicole Peiliker, Miss Bonaire, 42

• Solange Keita, Miss Ruanda, 42

Ambas ajudam a reforçar a mensagem de que beleza e protagonismo não têm idade.

3. As caçulas da competição

As mais jovens do certame têm apenas 18 anos:

• Alena Kucheruk, Miss Bielorrússia

• Aadya Srivastava, Miss Irlanda

Apesar da pouca idade, as duas já chegam ao concurso com experiência em causas sociais e incentivo ao empoderamento juvenil.

4. A representatividade trans no palco

Após um ano sem candidatas trans, o Miss Universo volta a contar com uma representante da comunidade.

Em 2025, quem ocupa esse posto é Huong Giang Nguyen, 33, a Miss Vietnã. Figura conhecida no ativismo LGBTQIA+ em seu país, ela reforça o compromisso do concurso com diversidade e inclu-são.

5. A concorrente mais alta da edição

Com 1,91m de altura, a croata Laura Gnjatovic, 23, é a candidata mais alta deste ano. Com salto, pode facilmente ultrapassar os dois metros. Apesar da altura digna das passarelas, ela revela que nunca trabalhou como modelo. Fora dos holofotes, dedica-se à enfermagem — profissão em que diz “salvar vidas no tempo livre”.

O que é avaliado no concurso de Miss Universo?

O caminho até a coroa do Miss Universo passa por uma maratona intensa de atividades. Desde o início do concurso, as candidatas participam de sessões de fotos, provas de figurinos, ensaios, compromissos de imprensa, entrega de faixas, passeios turísticos por Bangkok, jantares de gala e eventos culturais — etapas que ajudam a preparar e apresentar cada candidata ao público e aos jurados.

Mas a disputa ganha peso decisivo quando elas sobem ao palco para dois momentos fundamentais: o desfile de trajes nacionais e a competição preliminar. É nessa fase que os jurados avaliam de perto o desempenho das participantes, tanto nas entrevistas quanto na passarela. As notas obtidas determinam quem avança para o ranking oficial, que anuncia as 30 semifinalistas.

Em 2025, o formato traz uma novidade: após o anúncio das 30 classificadas, todas voltam à passarela em traje de banho, mas apenas 12 seguem adiante. Esse grupo reduzido é quem ganha a chance de desfilar em traje de gala, etapa que leva ao corte seguinte, até chegar ao top 5.

A partir daí, a competição se afunila. As cinco finalistas enfrentam a tradicional rodada de pergun-tas e respostas, que define o top 3 e testa não apenas oratória, mas segurança, posicionamento e capacidade de lidar com pressão. Na etapa final, as três últimas concorrentes participam da roda-da decisiva que, finalmente, revela ao mundo a nova Miss Universo.

Por que o Brasil não ganha o Miss Universo?

O jejum brasileiro no Miss Universo, que já ultrapassa cinco décadas, continua gerando debates entre especialistas e fãs de concursos de beleza. Para alguns, trata-se de uma questão estrutural; para outros, é apenas uma combinação de circunstâncias que fogem ao controle das candidatas.

Em entrevista ao portal Splash, do Uol, o jornalista e missólogo Roberto Macedo disse acreditar que a resposta pode ser mais simples do que muitos imaginam. “Creio que [não ganham] simplesmente por falta de sorte. [...] Antes as garotas eram completamente naturais, sem cirurgias ou implantes. Imagine que Martha Vasconcellos em menos de um mês se tornou Miss Bahia, Miss Brasil e Miss Universo, sem as cirurgias de hoje, sem o botox ou os cursos de passarela e maqui-agem. Antes havia mais poesia, mais lirismo”.

Também ouvida pelo site paulista, Marthina Brandt, diretora do Miss Brasil e Top 15 no Miss Universo 2015, reforça que parte dos critérios usados pelos jurados continua sendo um mistério — inclusive para quem trabalha com concursos.

“Mas afirmo com 100% de certeza que as que estão no top é porque se dedicam incansavelmente até o último momento. Se entregam e vivem o processo. Ser Miss é dedicação e estratégia”, declarou Brandt.

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