Alcaraz é o tenista mais bem pago do mundo, e Sinner é o segundo; veja o top 10

Veja os valores de cada um dos 10 tenistas melhores colocados

Ao todo, em 2024, o espanhol de 22 anos recebeu R$ 260 milhões

Por Redação do ge — Rio de Janeiro, RJ - 24/08/2025 

Antes da Era Aberta do tênis, que começou em 1968, era comum os campeões não receberem premiações em dinheiro ao vencerem um Grand Slam. Isso porque apenas amadores podiam disputar os torneios, relegando a participação dos profissionais. Porém, a realidade atual é bem contrastante: Carlos Alcaraz, número 2 do ranking, e Jannik Sinner, número 1, são os tenistas mais bem pagos do mundo e faturaram, respectivamente, 48,3 milhões de dólares (R$ 260 milhões) e 47,3 milhões de dólares (R$ 254 milhões) no ano passado, segundo a Forbes.

Os troféus dos quatro Grand Slams de 2024 alternaram entre ambos: Alcaraz triunfou em Roland Garros e em Wimbledon; Sinner, no Australian Open e no US Open. Eles lideram um grupo de 10 craques do tênis que coletivamente ganharam 285 milhões de dólares (R$ 1,5 bilhão) no ano passado, um aumento de 16% em relação ao total de 246 milhões de dólares (R$ 1,3 bilhão) em relação a 2023.

Entre esses 10, quatro são mulheres, sendo o tênis o único esporte em que a renda é comparável para atletas masculinos e femininos. Confira o top 10:

TOP 10 TENISTAS MAIS BEM PAGOS DO MUNDO EM 2024:

• 1º lugar: Carlos Alcaraz (48,3 milhões de dólares | R$ 260 milhões)

• 2º lugar: Jannik Sinner (47,3 milhões de dólares | R$ 254 milhões)

• 3º lugar: Coco Gauff (37,2 milhões de dólares | R$ 200 milhões)

• 4º lugar: Novak Djokovic (29,6 milhões de dólares | R$ 157 milhões)

• 5º lugar: Aryna Sabalenka (27,4 milhões de dólares | R$ 146 milhões)

• 6º lugar: Qinwen Zheng (26,1 milhões de dólares | R$ 141 milhões)

• 7º lugar: Iga Swiatek (24 milhões de dólares | R$ 130 milhões)

• 8º lugar: Taylor Fritz (15,6 milhões de dólares | R$ 81 milhões)

• 9º lugar: Frances Tiafoe (15,2 milhões de dólares | R$ 81 milhões)

• 10º lugar: Daniil Medvedev (14,3 milhões de dólares | R$ 75 milhões)

Carlos Alcaraz - Campeão do Masters 1000 de Cincinnati — Foto 1: IMAGN IMAGES via Reuters Connect

Jannik Sinner comemora título em Wimbledon — Foto 2: REUTERS/Toby Melville 

Coco Gauff é a tenista mais bem paga de 2023 — Foto 3: Reprodução/Instagram 

Djokovic comemora a 100ª vitória em Wimbledon — Foto 4: Getty Images

Sabalenka comemora contra Siegemund em Wimbledon — Foto 5: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP

Qinwen Zheng comemora vitória no WTA Finals — Foto 6: Getty Images

Iga Swiatek com o troféu de campeã em Wimbledon — Foto 7: REUTERS/Andrew Couldridge

Taylor Fritz vibra durante semi contra Alcaraz em Wimbledon — Foto 8: Clive Brunskill/Getty Ima-ges

Frances Tiafoe comemora ponto na semifinal do Us Open 2022 contra Carlos Alcaraz — Foto 9: Julian Finney/Getty Images

Daniil Medvedev faz comemoração inspirada em Memphis Depay após vitória no ATP Finals — Foto 10: Clive Brunskill/Getty Images

O espanhol de 22 anos ganhou 13,3 milhões de dólares (R$ 70 milhões) com as premiações dos torneios mais 35 milhões de dólares (R$ 189 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. Embora Jannik Sinner ocupe a liderança do ranking mundial de simples, Carlos Alcaraz tem levado a melhor nos confrontos diretos: venceu seis dos últimos sete duelos entre eles no circuito, incluindo a virada triunfal em Roland Garros, em junho, que rendeu a ele o quinto título de Grand Slam. Fora das quadras, Alcaraz é o tenista que mais atrai patrocínios atualmente. Sua grande força, no entanto, está em eventos e aparições especiais: ele pode cobrar cerca de 1 milhão de dólares (R$ 5 milhões) por participação e até 2 milhões de dólares (R$ 10 milhões) em exibições. O espanhol também virou protagonista de um documentário da Netflix em três episódios, que acompanhou sua temporada de 2024.

O italiano de 24 anos ganhou 20,3 milhões de dólares (R$ 108 milhões) com as premiações dos torneios mais 27 milhões de dólares (R$ 146 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. Um mal-estar obrigou Jannik Sinner a abandonar a final do Masters de Cincinnati contra Carlos Alcaraz neste mês, além de levá-lo a desistir também da disputa de duplas mistas no US Open desta semana. Apesar disso, ele chega ao US Open como principal favorito para defender o título e alcançar o quinto Grand Slam da carreira. Se vencer, consolidará um ano de altos e baixos: ao mesmo tempo em que conquistou o Australian Open e Wimbledon, também enfrentou uma suspensão de três meses por doping, após testar positivo para o anabolizante clostebol em março de 2024. Mesmo com a interrupção, a carreira do italiano não perdeu força: ele se manteve como número 1 do mundo em simples e preservou o apoio de cerca de uma dúzia de patrocinadores. Além disso, em outubro, Sinner embolsou 6 milhões de dólares (R$ 32 milhões) no Six Kings Slam, torneio de exibição realizado na Arábia Saudita.

A americana de 21 anos ganhou 12,2 milhões de dólares (R$ 65 milhões) com as premiações dos torneios mais 25 milhões de dólares (R$ 135 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. O desempenho de Coco Gauff em 2025 tem sido marcado por altos e baixos. Após conquistar seu segundo título de Grand Slam no Aberto da França, ela caiu logo na estreia em Wimbledon. Se dentro de quadra os resultados são irregulares, fora dela Gauff vive um momento de ascensão recebendo patrocínio de grandes marcas.

O sérvio de 38 anos ganhou 4,6 milhões de dólares (R$ 21 milhões) com as premiações dos torneios mais 25 milhões de dólares (R$ 135 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. Para que Novak Djokovic alcance o histórico 25º título de Grand Slam em simples no US Open, terá antes de lidar com a falta de ritmo. O sérvio, hoje com 38 anos, ficou fora do Masters de Toronto devido a uma lesão na virilha e desistiu do Aberto de Cincinnati por uma razão “não-médica”. Assim, não disputa uma partida oficial de simples desde a derrota para Jannik Sinner nas semifinais de Wimbledon, em julho. Mesmo tendo caído para a 7ª posição do ranking mundial e somando apenas um título da ATP nas últimas duas temporadas — o Aberto de Genebra, em maio, além do ouro olímpico conquistado em Paris em 2024 — Djokovic continua sendo um nome perigoso em Nova York. Afinal, já foi campeão lá em quatro ocasiões e levantou o troféu pela última vez há dois anos. Fora das quadras, o sérvio ampliou sua lista de patrocinadores.

A belarusa de 27 anos ganhou 12,4 milhões de dólares (R$ 65 milhões) com as premiações dos torneios mais 15 milhões de dólares (R$ 81 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. Em julho, Aryna Sabalenka se tornou a primeira jogadora desde Serena Williams, em 2015, a ultrapassar a marca de 12 mil pontos no ranking de simples. Apesar do desempenho dominante, a tenista ainda enfrenta quadras com arquibancadas esvaziadas. Exemplo disso foi nas quartas de final de Roland Garros, em que grande parte do estádio estava vazio. Depois disso, Sabalenka se somou às vo-zes de Coco Gauff, Ons Jabeur e Jessica Pegula pedindo que mais partidas femininas sejam programadas em horários noturnos já que, nos últimos cinco anos, apenas quatro jogos de simples femininos foram colocados no prime time em Paris. No campo comercial, no entanto, a visibilidade da belarussa vem crescendo.

A chinesa de 22 anos ganhou 5,1 milhões de dólares (R$ 27 milhões) com as premiações dos torneios mais 21 milhões de dólares (R$ 113 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. Após conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Qinwen Zheng reforçou sua imagem de estrela em ascensão ao alcançar a final do WTA Finals, em novembro, onde acabou superada por Coco Gauff no tie-break do terceiro set. Já bastante valorizada por marcas chinesas, Zheng ampliou sua lista de patrocinadores. Além disso, passou a ser um dos destaques de uma campanha global do WTA Tour, lançada na primavera, que a posiciona como um dos novos rostos do tênis feminino ao lado de Gauff, Naomi Osaka e Aryna Sabalenka.

A polonesa de 24 anos ganhou 9 milhões de dólares (R$ 48 milhões) com as premiações dos torneios mais 15 milhões de dólares (R$ 81 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. Assim como Jannik Sinner, Iga Swiatek também passou por uma suspensão de um mês por doping devido a uma violação não intencional no ano passado. Ela atribuiu o episódio ao uso de melatonina para lidar com o jet lag. Tal como ocorreu com Sinner, a questão teve pouco impacto em seus contratos comerciais. No circuito, Swiatek brilhou em Wimbledon, em julho, ao vencer Amanda Anisimova com dois pneus (6/0, 6/0), garantindo o sexto título de Grand Slam da carreira e se tornando a única jogadora em atividade a conquistar Majors nas três superfícies (quadra dura, grama e sai-bro). Depois de também levar o título no Aberto de Cincinnati este mês, a número 1 do mundo chega ao US Open, torneio que venceu há três anos, como a principal favorita.

O americano de 27 anos ganhou 8,6 milhões de dólares (R$ 43 milhões) com as premiações dos torneios mais 7 milhões de dólares (R$ 38 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. Taylor Fritz alcançou a final do ATP Finals em novembro, tornando-se o primeiro tenista americano a chegar à decisão do torneio de fim de temporada desde James Blake, em 2006. Nos últimos oito meses, ele manteve-se entre os quatro melhores do mundo, sendo o primeiro dos EUA a ocupar posição tão alta no ranking de simples desde Andy Roddick, em 2007. Naquela época, Novak Djokovic ainda não havia conquistado nenhum de seus 24 títulos de Grand Slam. Agora, Fritz busca superar a própria campanha no US Open de 2023, quando chegou à final, e conquistar o troféu, o que o tornaria o primeiro americano campeão do torneio desde Roddick, em 2003.

O americano de 27 anos ganhou 3,2 milhões de dólares (R$ 16 milhões) com as premiações dos torneios mais 12 milhões de dólares (R$ 65 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. Frances Tia-foe precisou abandonar sua partida de oitavas de final no Aberto de Cincinnati neste mês devido a uma lesão na região lombar, mais um revés em uma temporada marcada por frustrações. Ainda assim, o US Open pode representar a chance perfeita de retomada para o americano de 27 anos, já que seus desempenhos mais expressivos em Grand Slams aconteceram justamente em Nova York, onde alcançou as semifinais em 2022 e 2024. Neste ano, Tiafoe também vai exibir um novo uniforme em quadra, após firmar em janeiro um novo contrato de patrocínio.

O russo de 29 anos ganhou 4,3 milhões de dólares (R$ 21 milhões) com as premiações dos torneios mais 10 milhões de dólares (R$ 54 milhões) com patrocínios, campanhas publicitárias, aparições em eventos, redes sociais e negócios pessoais. As dificuldades de desempenho de Daniil Medvedev o afastaram do top 10 do ranking mundial pela primeira vez desde fevereiro de 2023, rebaixando-o à 13ª posição. No início do ano, apesar de faturar mais de US$ 120 mil ao avançar até a segunda rodada do Australian Open, ele precisou devolver mais da metade desse valor em multas disciplinares. Na ocasião, durante uma derrota em cinco sets para o jovem Learner Tien, de 19 anos, ele atirou a raquete no chão, quebrou uma câmera da rede e, em seguida, deixou de comparecer à coletiva de imprensa obrigatória após o jogo. Apesar disso, fora do circuito, Medvedev mantém parcerias comerciais com marcas importantes.

https://ge.globo.com/tenis/noticia/2025/08/24/alcaraz-e-o-tenista-mais-bem-pago-do-mundo-e-sinner-e-o-segundo-veja-o-top-10.ghtml