Inglaterra registra o junho mais quente em quase 150 anos

As temperaturas máximas médias diárias também ficaram bem acima da média

A temperatura média no mês na Inglaterra foi de 16,9°C, enquanto do Reino Unido foi de 15,2ºC. Essa segunda perde apenas para junho de 2023, que registrou 15,8ºC.

Por Redação - 01/07/2025 

O serviço de meteorologia do Reino Unido, o Met Office, revelou nesta terça-feira (1) que a Inglaterra teve o mês de junho mais quente desde o início dos registros oficiais, em 1884. Já o Reino Unido como um tudo viu o segundo junho mais quente da história.

A temperatura média no mês na Inglaterra foi de 16,9°C, enquanto do Reino Unido foi de 15,2ºC. Essa segunda perde apenas para junho de 2023, que registrou 15,8ºC.

O Met Office ainda acrescenta que:

'As temperaturas máximas médias diárias também ficaram bem acima da média meteorológica de longo prazo para junho, com a Inglaterra registrando a terceira maior temperatura média e o Reino Unido a sexta maior desde 1884.'

Onda de calor extremo atinge Europa. — Foto: Freepik

Mulher se protege do calor na Itália. — Foto: Marco BERTORELLO / AFP

Torre Eiffel em meio ao forte calor. — Foto: Ludovic MARIN / AFP

Europa fortemente atingida

Ao menos duas pessoas morreram na Itália por conta da forte onda de calor que atinge toda a Europa nos últimos dias. Os dois casos ocorreram entre essa segunda (30) e terça (1).

Em Bologna, um homem de 47 anos morreu depois de passar mal em um canteiro de obras. Ele chegou a tentar pedir ajuda, mas não conseguiu a tempo e acabou morrendo no local.

O caso levou os sindicatos italianos Cgil Bologna e Fillea-Cgil a pedirem a implementação de medidas 'para proteger os trabalhadores dos riscos associados à exposição ao calor', já que 'a emergência climática claramente piorou as condições daqueles que trabalham ao ar livre todos os dias'.

O outro caso ocorreu em ardonecchia, um resort turístico a oeste de Turim. Um homem de 70 anos se afogou após ter sido atingido por uma enchente repentina. Ele foi levado pela correnteza após sair do carro.

França fecha topo da Torre Eiffel

A forte onda de calor que atinge toda a Europa gerou um curioso movimento por parte da França. Em alerta por conta das temperaturas que passam de 40ºC a partir terça-feira (1), Paris fechou o topo da Torre Eiffel até esta quarta (2).

O fechamento ocorreu a partir do fim do dia nessa segunda (30). O objetivo é evitar a exposição do público que visita o espaço ao calor.

O acesso ao primeiro e segundo andares permanece aberto nesse período, mas os operadores do espaço ainda recomendaram cautela.

'Se lembrem de se proteger do sol e se manter hidratado. Há bebedouros disponíveis nas passarelas que levam à esplanada', diz o comunicado oficial.

Segundo a TV France 24, além do fechamento, também houve proibição de tráfego poluente e restrições de velocidade para não gerar superaquecimentos em carros.

As temperaturas na França devem atingir o pico nesta terça-feira (1), de acordo com a agência meteorológica Meteo France, com o maior alerta de calor extremo em vigor em 16 departamentos do país.

A Meteo France prevê mínimas variando entre 20 a 24°C 'ou ligeiramente mais altas em algumas áreas localizadas, e máximas atingindo 36 a 40°C com alguns picos de 41°C'.

Akshay Deoras, pesquisador do Centro Nacional de Ciências Atmosféricas e do Departamento de Meteorologia da Universidade de Reading, em Londres, destaca que as ondas de calor 'são mortais'.

'Precisamos tratar o calor extremo com a mesma seriedade que damos às tempestades perigosas', afirma, em entrevista à France 24.

O ministro da Saúde da França, Yannick Neuder, em entrevista ao canal BFMTV, pediu solidariedade entre vizinhos durante o dia. A atenção é, em especial, aos mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com deficiência.

Em todo o país, o governo disse que espera que cerca de 1.350 escolas sejam fechadas parcial ou completamente, número quase o dobro dessa segunda (30). Professores e alunos reclamam das salas superaquecidas e sem ventilação.

https://cbn.globo.com/mundo/noticia/2025/07/01/inglaterra-registra-o-junho-mais-quente-desde-o-inicio-dos-registros-oficiais.ghtml