Chefes das facções CV, GDE e PCC se reuniram em presídios do CE para planejar ações contra o Estado, diz MPCE

Criminosas PCC, CV e GDE durante o banho de sol e de acordo com informes, determinaram 'salves/editais' para todo o Estado do Ceará".

Chefes das facções CV, GDE e PCC se reuniram em presídios do CE para planejar ações contra o Estado, diz MPCE

As facções planejaram um 'boicote' às ações do Sistema Penitenciário e ataques criminosos, para serem executados em outubro do ano passado, segundo a Secretaria da Administração Penitenci-ária e o Ministério Público do Ceará

Escrito por Messias Borges - 26 de Novembro de 2024

Legenda: Líderes de facções criminosas teriam se reunido em banho de sol no sistema penitenciário cearense para planejar ações contra o Estado, segundo as autoridades

Foto: Reprodução/ Documento do MPCE

Organizações criminosas, rivais nas ruas de todo o Ceará, estiveram como aliadas nos presídios cearenses, no fim do ano passado. Os objetivos das lideranças das facções Guardiões do Estado (GDE), Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) eram planejar ações contra o Estado e exigir mudanças no Sistema Penitenciário. É o que revela um relatório elaborado pela Coordenadoria de Inteligência (Coint) da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP).

Conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, o relatório da Coint baseou uma manifestação do Ministério Público do Ceará (MPCE) a favor que um preso apontado como chefe da GDE, Adailo de Sousa Costa, fosse incluído definitivamente no Sistema Penitenciário Federal de Segurança Máxima.

O MPCE enfatizou que, "entre os dias 25 e 28 de setembro de 2023, alguns líderes das organizações criminosas PCC, CV e GDE que estão custodiados nas unidades prisionais do Ceará realizaram reuniões durante o banho de sol e de acordo com informes, determinaram 'salves/editais' para todo o Estado do Ceará".

A determinação dos líderes das facções, segundo o Ministério Público, era de que, se eles não tivessem exigências atendidas pelo Estado, "iriam iniciar movimentos de ataques incendiários a prédios, ônibus e órgãos públicos do Estado". "Nesta ocasião, os custodiados iriam solicitar a presença de um representante do Governo do Ceará e caso não fossem atendidos, os ataques possivelmente iriam iniciar no dia 04 de outubro de 2023". Entretanto, os ataques criminosos não foram colocados em prática.

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