A Polícia Federal investiga um plano orquestrado por militares para tentar executar o presidente, o vice e o ministro do STF, Alexandre de Moraes
Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo - 21 de Novembro de 2024
Legenda: Lula falou pela primeira vez sobre o plano que objetivava assassiná-lo
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (21) que tem que agradecer por estar vivo diante das revelações da Polícia Federal de que havia um plano para matar ele e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). "A tentativa de envenenar eu e o Alckmin não deu certo, esta-mos aqui", disse o petista em evento no Palácio do Planalto.
Durante o discurso na solenidade de criação do "Programa de Otimização de Contratos de Concessão Rodoviária", Lula afirmou ainda que a única coisa que quer, ao fim do mandato, é desmoralizar "com números aqueles que governaram antes". "Não quero envenenar ninguém, não quero nem perseguir ninguém", declarou.
"Quero medir com números quem fez mais escolas neste País, quem cuidou mais dos pobres deste País, quem fez mais estrada, quem fez mais pontes, quem pagou mais salário mínimo. É isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança", seguiu o presidente.
Ainda em referência às revelações da PF, Lula disse que é preciso construir um Brasil "sem perseguição, sem estímulo do ódio, sem estímulo às desavenças".
Operação da PF
Na última terça-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, para desarticular um grupo criminoso que planejou um golpe de Estado em 2022 e queria impedir que Lula tomasse posse no Planalto.
Chamado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano ainda incluía matar Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Os envolvidos seriam militares das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”.
Um dos alvos presos na terça foi o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL) e assessor do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, até março deste ano.
Também foram capturados os tenentes-coroneis Helio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira, além do policial federal Wladimir Matos Soares.
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