Escrito por Agência de Conteúdo DN - 17 de Novembro de 2024
Legenda: O CTTR recebe os resíduos para tratamento e transformação em novos recursos.
Foto: Divulgação
Desde agosto desse ano, o Brasil não deve mais ter lixões. É o que determina o novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei 14.026, de 2020) ao estabelecer prazos para o cumprimento da norma, de acordo com o tamanho dos municípios. De acordo com a regra original, os rejeitos — lixo que não pode ser reaproveitado — devem ter destinação final ambientalmente adequada.
Em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, o Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos (CTTR), da Marquise Ambiental, é um equipamento moderno para o gerenciamento de resíduos sólidos, com tecnologias avançadas para o tratamento e transformação de resíduos em novos recursos.
Gleydson Amorim, gerente de operações da Marquise Ambiental, aponta o CTTR como um dos aterros sanitários mais modernos do Brasil. “O CTTR, além de realizar todos os controles e monitoramentos ambientais necessários para a operação de um aterro sanitário, também gera gás combustível por meio de sua planta de purificação de biogás. A instalação trata o chorume para produzir água pura e transforma parte dos resíduos em adubo orgânico, através de sua planta de compostagem”, explica.
Tratamentos avançados
Um processo que acontece no CTTR de Fortaleza é a compostagem. A ação consiste em reproduzir aspectos ideais de degradação da matéria orgânica, controlando fatores como temperatura e umidade, para transformar tais resíduos em composto orgânico.
“A compostagem é uma técnica nobre de tratamento dos resíduos orgânicos, pois além de devolver à matéria orgânica o seu papel natural de fertilizar o solo, também poupa a vida útil do aterro sanitário, proporcionando assim um grande benefício ao meio ambiente”, ressalta o gerente de operações.
Outro procedimento importante no local é o tratamento do chorume (líquido proveniente da de-composição dos resíduos) pela tecnologia de osmose reversa, que consegue separar todas as impurezas presentes no líquido poluente, através de um sistema de membranas que operam sob altíssima pressão. Na prática, o chorume passa por um processo de extração da água, a qual é tratada para reuso.
“O efluente passa por várias etapas de filtragem e, por fim, em membranas microscópicas, chamadas de vasos de osmose reversa, que só permitem a passagem das moléculas de água, produzindo assim uma água de alta qualidade para reuso”, explica Gleydson.
Viveiro e horta comunitária
Segundo Gleydson, o CTTR conta com um viveiro de mudas de árvores nativas, produzindo aproximadamente duas mil mudas por mês. Além disso, mantém uma horta, cultivada com o composto orgânico produzido no próprio CTTR, destinada à doação de hortaliças para as comunidades da região.
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