3010-girino-layout_site© Gabriel Lío/Divulgação
História de Manuela Mourão
Nesta quarta (30), um estudo publicado na revista Nature descreve o achado d um fóssil de girino na Patagônia, Argentina. Seria uma descoberta normal, não fosse o fato de que o esse é o registro mais antigo de que se tem notícia desse tipo de animal.
O fóssil data de 161 milhões de anos atrás, bem no meio do período Jurássico, o apogeu dos dinossauros. Até então, o registro mais antigo de girino vinha do Cretáceo, há 145 milhões de anos.
A cientista Mariana Chuliver, autora principal do estudo, da Universidad Maimónides de Buenos Aires, descreveu o fóssil como extremamente bem preservado. "Este exemplo tem uma dupla relevância. Por um lado, corresponde ao registro mais antigo de um fóssil renascentista e por outro lado se destaca por sua preservação excepcional".
De acordo com os pesquisadores envolvidos no estudo, é possível visualizar a cabeça, a maior parte do corpo, uma pedaço da cauda, bem como os olhos, nervos e membros anteriores – o que indica que o animal já estava nos últimos estágios de sua metamorfose.
"Eles têm corpos muito moles com muitos tecidos finos, e a maior parte do corpo é feita de cartilagem, então é muito difícil encontrar girinos preservados por causa dessas características", explicou Chuliver, ao jornal The New York Times.
Além disso, foi possível inferir que várias características morfológicas presentes nos girinos de hoje em dia também estavam presentes em seus antepassados de 161 milhões de anos. Um exemplo é o sistema de alimentação por filtro desses anfíbios. A grande maioria dos girinos existentes possui um complexo aparelho de filtro bucofaríngeo, que retém partículas de alimento das correntes de água – um método que, ao que parece, não é exclusivo da atualidade.
https://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia/cientistas-acham-girino-mais-antigo-do-mundo-com-161-milhões-de-anos-de-idade/ar-AA1tdxfi?ocid=msedgdhp&pc=LCTS&cvid=faec093ef86d4a20bac9851c7903520d&ei=28