Escrito por Alessandra Castro , alessandra.castro@svm.com.br - 11 de Outubro de 2024
Legenda: Guilherme Saraiva (à esquerda), Glêdson Bezerra (ao centro) e André Barreto (à direita) prefeitos eleitos de Barbalha, Juazeiro do Norte e Crato, respectivamente
Foto: Divulgação/Reprodução Redes Sociais
Com os comandos dos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha definidos após a eleição de 2024, os prefeitos eleitos do Crajubar, na região do Cariri, começam a traçar as priori-dades para os próximos quatro anos de gestão. Nas três cidades, foram eleitos representantes que darão continuidade às administrações atuais, o que deve permitir que alguns planos comecem a ser executados ainda neste ano.
Em Juazeiro do Norte, por exemplo, Glêdson Bezerra (Podemos) entrou para a história da cidade como o primeiro prefeito a ser reeleito no município, ao obter 53,23% (83.514) dos votos válidos. No Crato, o vice-prefeito André Barreto (PT) foi eleito para comandar o município pelos próximos quatro anos, com 48,74% (37.092) dos votos válidos, e dar sequência à gestão de Zé Ailton Brasil (PT), atual prefeito. Em Barbalha, Guilherme Saraiva (PT) alcançou o segundo mandato com vantagem, com 58,19% (23.970) dos votos válidos.
Nos três territórios, um dos primeiros passos elencados pelos eleitos é buscar o Governo Estadual e Federal para emplacar promessas e firmar parcerias. No Crato e em Barbalha, os escolhidos são aliados dos chefes do Executivo cearense e do Brasil, inclusive nomes amplamente citados na campanha. Em Juazeiro, a situação é diferente, uma vez que o gestor reeleito derrotou o candidato lançado pelo grupo governista e foi apoiado por adversários do governador Elmano de Freitas (PT), por exemplo.
Apesar disso, Glêdson afirmou que vai procurar o petista para discutir projetos para a cidade-polo da região do Cariri numa tentativa de destravar recursos já firmados em antigos convênios e an-gariar novos. Uma ligação, inclusive, já foi feita para Elmano, segundo o gestor. Agora, ele espera que as rivalidades políticas sejam deixadas de lado, assim como a eleição, para que parcerias "institucionais" possam ser construídas entre a Prefeitura de Juazeiro do Norte e o Governo do Ceará.
O Diário do Nordeste entrevistou cada um dos eleitos para saber as prioridades e expectativas para cada uma das cidades do Crajubar. Confira abaixo.
Juazeiro do Norte
Relações políticas
Primeiro prefeito reeleito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra destacou que irá buscar o governador Elmano de Freitas para discutir projetos entre os entes, tanto para os que estão aguardando repasses, como a reforma do Memorial Padre Cícero e a construção do Restaurante Popular, quanto para novos investimentos. Para ele, houve uma "contaminação" na relação institucional com o Governo do Estado, potencializada pelo período eleitoral. Agora, ele espera restabelecê-la.
Para isso, o prefeito disse que já ligou para Elmano, deixou mensagem no WhatsApp e orientou seu gabinete a enviar um ofício para a Casa Civil para uma reunião entre os dois mandatários.
"Eu vou dizer ao governador Elmano, olhando nos olhos, que Juazeiro está precisando disso e disso, pautar tudo bem direitinho na nossa relação município-estado. Eu acredito, sinceramente, que, uma vez superada essa história de eleição — ele não chegou lá à toa, ele é um cara experi-ente —, ele há de atender os pedidos de Juazeiro do Norte naquilo que é nosso de direito, porque ele está construindo a própria história. Daqui a dois anos, quem vai precisar é ele. (...) E eu, pre-feito reeleito, mostrando para o povo de Juazeiro que ele está entregando, ele vai pavimentar a sua própria estrada. E nós estamos aqui para apresentar ao povo de Juazeiro o que vai aconte-cer"
Glêdson Bezerra (Podemos)
Prefeito reeleito de Juazeiro do Norte
Questionado sobre a possibilidade de integrar o arco de alianças do grupo governista, Glêdson descartou qualquer chance de união política. Na ocasião, ele reforçou que está aberto a parcerias administrativas, o que possibilitaria um jogo de "ganha-ganha" para o Estado e Juazeiro, mas reforçou que não está disposto a se aproximar de Elmano, o ministro Camilo Santana (PT) e de-mais adversários políticos.
"Deixe que eles fiquem lá, que eu fico cá", frisou.
Na quarta-feira (9), durante uma entrevista coletiva em Brasília, o governador Elmano disse que irá ter uma "relação absolutamente institucional" com os prefeitos que não são de partidos aliados.
"Relação absolutamente institucional, como eu fiz em 2023. Eu me reuni com os 184 prefeitos e prefeitas do Ceará e vou me reunir com os 184 prefeitos e prefeitas do Ceará, porque esse é meu dever institucional como governador. Agora, como militante político, eu tenho meus candidatos e vou fazer campanha para eles, mas eu respeito a decisão do povo do Ceará", ressaltou o petista.
Prioridades
Em relação às prioridades para o segundo mandato, o gestor apontou que a primeira delas é iniciar as obras de pavimentação da cidade. Ao todo, são R$ 100 milhões que devem ser investidos na recuperação e construção de calçadas, estradas, meios-fios e sinalizações, por exemplo. Segundo ele, as obras devem iniciar entre o fim deste ano e o início de 2025.
Na área da Saúde, Glêdson quer entregar quatros novos postos de saúde que estão com obras em andamento e quer iniciar as obras do Hospital Estephânia Rocha Lima. Uma licitação para este último deve ser lançada ainda neste ano. Segundo o correligionário do Podemos, os recursos já estão garantidos.
Na Educação, o prefeito tem como meta universalizar 100% das vagas para crianças na pré-escola no seu segundo mandato. Segundo ele, o objetivo é alcançar o resultado o "quanto antes". Além disso, ele também se comprometeu a entregar seis escolas que estão em processo de licita-ção e o Centro de Formação do Professor.
O gestor frisou que vai procurar os prefeitos eleitos no Crato e em Barbalha para discutir ações de interesses dos três municípios. Ainda que tenha apoiado os opositores de Guilherme Saraiva e André Barreto, a relação com os dois é "muito tranquila".
"Eu apoiei os adversários nas duas cidades, mas eu tenho uma relação muito boa, de amizade até, com o Guilherme, a gente sempre se respeitou muito, sempre se tratou muito bem, e com o André Barreto as relações são muito harmônicas também", acrescentou.
Um dos projetos é tentar fazer "andar" o Consórcio Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Comares), que abrange também outros municípios da região. Caso a iniciativa não caminhe, o prefeito informou que tem um projeto paralelo para implantar um aterro sanitário em Juazeiro do Norte, por meio de parceria público-privada (PPP). Segundo ele, a medida não incidi-ria na cobrança de taxa do lixo.
"Então, na condição de prefeitos eleitos, nós vamos nos irmanar", projeta o gestor de Juazeiro.
Relação com o Legislativo
Glêdson Bezerra também comemorou o aumento de aliados que deve ter no Legislativo Municipal a partir do ano que vem. Em 2020, segundo ele, apenas um aliado havia sido eleito. Agora, ele contabiliza sete vereadores que devem ajudá-lo a mediar os projetos de lei de interesse da Cida-de, sendo seis de sua coligação e um de fora dela.
"A primeira vez que eu fui eleito prefeito, eu cheguei para o único vereador eleito (aliado) e disse 'você é meu líder'. Dessa vez, nós já temos uma bancadinha", acrescentou.
Ao todo, 21 candidatos foram eleitos para preencher as vagas da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. Apesar de já contabilizar sete aliados, o gestor pretende fazer uma base ainda maior na Casa. Para isso, irá procurar os novos parlamentares para "inaugurar um novo momento na Câ-mara".
"Embora eles tenham sido eleitos em partido de oposição, eu tenho um diálogo muito fluido com muitos dessas pessoas que ainda vão entrar, muito tranquilo. Eu vou procurar todos, eu vou con-versar com todos eles para a gente inaugurar um novo momento na Câmara dos Vereadores. Repito, eles estão num grupo, eles estavam em partidos que estavam coligados lá, mas não ne-cessariamente essas pessoas já vão querer fazer oposição ao nosso governo", frisou.
Crato
Relações políticas
Vice-prefeito e eleito gestor do Crato para um mandado de sucessão, André Barreto falou sobre a vitória apertada e parcerias que pretende buscar com o Governo do Estado e com o Governo Federal. O petista foi eleito com uma vantagem de apenas 1,77% (1.345) dos votos válidos sobre seu principal adversário, Dr. Aloisio Brasil (União). O nome dele só foi confirmado nos últimos minutos da apuração.
Ao PontoPoder, o prefeito eleito disse que "a maior parte desses votos foi de protesto" e que es-pera ter um "relacionamento republicano" com a oposição da cidade.
"Entendo que a maior parte desses votos foi um voto de protesto, é um protesto muito claro em relação ao novo contrato de saneamento. Já estamos discutindo as alterações, eu assumi esse compromisso com a população para a gente fazer alterações nesse contrato, para que o setor comercial voltar para a SAAEC (Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Crato), a empresa públi-ca de abastecimento d'água. Então, para essas pessoas, eu quero dizer que eu serei prefeito de todos os 138 mil habitantes do Crato. Não me interessa em quem votaram, estarei sempre dispos-to, disponível para dialogar, para conversar para receber e para trazer benefícios"
André Barreto (PT)
Prefeito eleito do Crato
Segundo o gestor, a possibilidade de alteração do contrato com a Ambiental Crato, concessionária responsável pelo esgotamento sanitário e pela cobrança da água na cidade, começará a ser revis-to ainda neste ano. No ano que vem, ele já quer ter a forma de cobrança alterada, voltando para a SAAEC. A forma de medição do consumo de água e esgoto pela empresa privada é uma das principais reclamações da população cratense. Para ele, a autorização por toda a cobrança foi uma "falha".
André Barreto ainda destacou que já tem previsto uma viagem a Brasília para buscar parcerias com o Governo Federal. Ele também destacou que deve solicitar uma agenda com o governador Elmano para o mesmo fim.
"Nós não tivemos nos seis primeiros anos essa parceria com o governo federal, uma vez que foram presidentes que criaram muitas dificuldades para os municípios. Então, ao longo desses próximos dois meses agora, já tenho previsto uma viagem para Brasília, onde a gente já vai começar a discutir alguns desses projetos", alegou.
Sobre a relação com a Câmara Municipal, Barreto comemorou que a maior parte do Parlamento pertence a partidos aliados, mas disse que irá buscar conversar com todos os eleitos para "continuar uma relação harmoniosa", respeitando a separação de Poderes.
Prioridades
Dentre as prioridades para o município para o próximo mandato, André Barreto destacou a refor-ma do Estádio Mirandão, iniciar a construção da novo terminal rodoviário do Crato e fazer a urba-nização da encosta do Alto da Penha. Além disso, ele pontou que a obra do canal do Rio Granjeiro "deve iniciar nas próximas semanas" e ser concluída no seu governo.
"A obra do Rio Granjeiro deve iniciar nas próximas semanas, é uma obra prevista para durar dois anos. Então, a gente vai dar sequência a essa obra, junto aí com parceria com o Governo do Es-tado. (...) O projeto do Mirandão já está pronto, está orçado em R$ 25 milhões, a gente vai traba-lhar para celebrar esse convênio o mais breve possível e já encaminhar para licitação. A estação rodoviária é um projeto menor, porém não menos importante. Eu acredito que a gente começa essas duas obras no próximo ano, até o final do próximo ano", acrescentou.
O prefeito eleito informou, ainda, que ampliar a rede assistencial de saúde da Cidade, para dimi-nuir a fila de espera para realização de exames, por exemplo. Em janeiro, segundo ele, irá cobrar "ações efetivas" da nova equipe gestora. Ele também quer implementar uma UPA tipo 3 até o fim de 2028.
Na educação, a meta é universalizar o ensino de tempo integral em todas as séries do Ensino Fundamental até 2028. Atualmente, apenas turmas do 2º, 5º e 9º anos têm tempo integral. Em relação à cobrança da taxa do lixo, que já foi aprovada pela Câmara Municipal do Crato, André Barreto reforçou o compromisso de não cobrar o imposto de imóveis residenciais. Segundo ele, apenas estabelecimentos comerciais devem pagar a tarifa.
"Nós não vamos cobrar a taxa do lixo das residências, das famílias e já disse também de onde é que a gente vai custear esse valor. A gente vai ter, por conta do fechamento do lixão e por conta da coleta do programa de coleta seletiva, um incremento de ICMS e uma arrecadação com a coleta seletiva, nós vamos ampliar a coleta seletiva para todos os bairros da cidade. Isso vai nos permitir um dinheiro extra, que hoje a gente não tem e esse dinheiro vai custear o valor do lixo para as residências. Um empresário me perguntou se as empresas iam custear o lixo das residên-cias. Não, as empresas pagam o lixo delas, e as residências estarão isentas", frisou.
Barbalha
Relações políticas
Prefeito reeleito de Barbalha, Guilherme Saraiva disse que uma das suas prioridades para o novo mandato é realizar um mutirão de cirurgias eletivas no município, para diminuir a fila de espera na cidade. Para tal, está marcando uma agenda em Brasília para pedir ao Governo Lula cerca de R$ 3 milhões de recursos para a saúde para a primeira leva de intervenções.
O objetivo, segundo Guilherme, é que o valor ajude a custear cerca de 300 procedimentos cirúrgicos, a depender do nível de complexidade.
"De forma mais imediata, o que eu quero ainda esse ano é ir a Brasília para ir atrás de recurso para a saúde. Saúde é um dos principais gargalos praticamente em todos os municípios. (...) Para você ter uma noção, um único procedimento que nós fizemos para um único paciente custou R$ 200.000. Nós fizemos agora investimos mais de R$ 6 milhões de reais e conseguimos fazer cirur-gia para mil pessoas aproximadamente lá no município de Barbalha. Então, precisa de financia-mento porque é muito caro"
Guilherme Saraiva (PT)
Prefeito reeleito de Barbalha
O gestor parabenizou, ainda, o prefeito eleito de Juazeiro do Norte, único do Crajubar que não é do PT, e disse que deve procurar o gestor para discutir obras que são de interesse dos dois muni-cípios. Ele ressaltou, ainda, que estuda implementar uma secretaria da Segurança Pública em Barbalha após conhecer a experiência da Guarda Municipal de Juazeiro.
"A gente vai criar a Secretaria da Juventude, Secretaria da Mulher e talvez a Secretaria da Segu-rança Pública. Eu tinha uma visão, até agora no final da campanha, de não criar Guarda Municipal. Mas conversando com guardas municipais aqui de Juazeiro, falaram que ele tem um poder de atividade bem mais amplo do que o eu tinha de informação".
Na Câmara Municipal, o gestor contabilizou 11 aliados eleitos para o seu segundo mandato. Segundo ele, os vereadores e lideranças de oposição terão espaço para diálogo com sua gestão.
"A gente soube domingo à noite os eleitos, foram 11 dos quinze. Tem quatro vereadores de oposição, que é importante que tenha, isso é bom para a cidade, para as pessoas, para a fiscalização", destacou.
Prioridades
Dentre as prioridades citadas pelo gestor para os próximos quatro anos, está fazer um concurso geral para preencher vagas para as secretarias dos municípios. Segundo Guilherme Saraiva, o objetivo é realizar um estudo para fazer um levantamento de vagas ociosas e necessárias para repor quadros da gestão. Ele ressalta, inclusive, que, se for realmente criar a pasta da Segurança Pública na cidade, quer incluir cargos para a Guarda Municipal no certame.
Ele não deu um prazo para o lançamento do concurso, mas disse esperar poder lançar um edital no ano que vem. Além disso, Saraiva quer melhorar a arrecadação própria do município, fazendo uma revisão da cobrança do IPTU para abranger imóveis que ainda estão de fora e tornar mais "equitativo" a cobrança. Ele reconheceu que implementou uma primeira mudança que encareceu o valor do imposto para algumas residências, enquanto outras seguem sem estar mapeadas.
"Quero entregar o meu segundo mandato com a cobrança do IPTU organizada, o município preci-sa de recursos para poder viver. Dinheiro não cai do céu, mas a ideia é que a gente faça em um formato que não inviabilize as pessoas. O não cobrar para o cobrar já é ruim, e o não cobrar para cobrar um valor muito alto não dá", explicou.
Na educação, o gestor quer implementar ar-condicionado em todas as salas de aula. Segundo ele, até o fim de 2025 é possível ter "80% das escolas com ar-condicionado". A energia solar instalada pela prefeitura ajudaria a custear a energia consumida pelos equipamentos. O gestor reeleito também disse que vai ampliar a estrutura de unidades educacionais que ficam na zona rural de Barbalha, para que elas tenham salas de aula adequadas para cada série de ensino. Ele também afirmou que vai iniciar a construção de duas novas unidades de Educação e uma outra de Ensino Fundamental.
O gestor acrescentou, ainda, que vai ampliar o olhar da gestão para a preservação do meio ambiente de Barbalha. Segundo ele, não há cobrança de água encanada na zona rural do município, o que tem levado alguns moradores a consumirem o recurso de forma indiscriminada em meio à diminuição na vazão de fontes naturais da Chapada do Araripe. A fiscalização do desmatamento também deve ser ampliada, à parte que cabe a administração da cidade.
Para evitar o desperdício de água, o prefeito quer estabelecer um teto de consumo.
"É uma possibilidade, pode ser de 10 m³ ou 50 m³. A pessoa pode até consumir mais, mas se ela passar de uma quantidade x de consumo, ela pode pagar a tarifa. Se for de baixa renda, teria um valor social. Mas há também casas de alto padrão, com piscina, então já poderia ter a tarifa (normalmente). São formas para a gente pensar. Mas a ideia, nesse momento, não é nem arre-cadar pela água, mas é trazer, principalmente, um consumo consciente", reforçou Guilherme Sa-raiva.
Em relação à taxa do lixo, o gestor disse que a cobrança ainda não iniciou no município, mas deve ocorrer. Todavia, ele quer garantir isenção e tarifa social para a população de baixa renda, a de-pender do caso. Saraiva também reforçou que, mesmo para imóveis padrões, o valor não deve ser alto.
"Eu não tenho ainda esse valor, até porque são ideias para um segundo mandato que a gente vai estudar, mas quem for de baixa renda pagará muito pouco. Quem tem condições de pagar mais, pode pagar um valor dentro da faixa de mercado, mas o município ainda quer e pretende subsidiar grande parte desse valor. Imagina, já é ruim você passar de não cobrar para cobrar, e ainda cobrar um valor muito alto, não é isso que a gente quer", complementou.
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