Glêdson Bezerra, em convenção do Podemos em Juazeiro do Norte. Ao fundo, André Figueiredo, Ciro Gomes, Élcio Batista e Carmelo Neto. Foto: Fernanda Alves
Na condição de pré-candidato à Vice-Prefeitura, está o ex-vereador Tarso Magno; o atual vice, Giovanni Sampaio, está rompido com o prefeito desde 2023
O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), realizou na tarde deste sábado (20) sua convenção partidária. O momento, de reunião de um arco de aliança que conta com nove partidos, consolida o nome do gestor como o pré-candidato do grupo. Na maior cidade do Cariri, nunca um prefeito conseguiu se reeleger. Glêdson tenta quebrar o tabu. “O momento da convenção consolida esse arco de alianças. São nove partidos unidos no propósito de continuar apresentando o projeto que pretendemos realizar. Estou muito feliz”, disse. Na chapa, além dele, o ex-vereador Tarso Magno (PP) é pré-candidato à Vice-Prefeitura.
Caminhando junto ao gestor, estão o seu partido, o Podemos, e outras oito siglas: PDT, União Brasil, PL, PP, PSDB, Cidadania, Novo e Democracia Cristã. A aliança une lideranças políticas que já foram – e são – adversárias em outros contextos, como o ex-governador Ciro Gomes (PDT) e o ex-deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil) – que não compareceu à convenção em Juazeiro. Segundo o postulante à reeleição, tal arco de alianças tem uma simbologia importante, “para mostrar que é possível fazer política com ‘P’ maiúsculo”.
“Temos um projeto que está dando certo. Não é uma aventura, é algo consolidado. Quando apresentamos esses números, dados consolidados, conseguimos convencer tanto um Ciro Gomes como um Capitão Wagner”.
Concorrendo contra o prefeito, o pré-candidato do grupo da oposição é o deputado estadual Fernando Santana (PT). O também deputado estadual Davi de Raimundão (MDB), filho do ex-prefeito Raimundão (MDB), postulava o cargo, mas após articulações entre os partidos do grupo do Governo do Estado, cedeu à tentativa e passou a apoiar Santana. Sem citar nomes, Glêdson afirmou que esperava uma disputa com mais candidatos. “Acredito que têm outras candidaturas que de-vem se manter. Tomara que se mantenham, isso é bom para a democracia”, opinou.
Como completou ele, parte do eleitorado está “assustado” com o tanto de pessoas possíveis can-didatas que ficaram pelo caminho. “Não estão entendendo qual a necessidade de tirar, logo no início, essas candidaturas. Vai ser uma candidatura polarizada, e vamos tentar unir no que a de-mocracia permite”, completou.
“Eu e Tarso Magno temos a obrigação de mostrar o que fizemos e o que gostaríamos de fazer nos próximos quatro anos”, acrescentou.
PERSEGUIÇÕES
Conforme o prefeito, ele está sofrendo perseguições – “inclusive, de ordem pessoal” – de seus opositores há três anos e meio, desde que assumiu para o seu primeiro mandato, em 2021. Ele colocou em balança o que representam os ataques. “Por um lado, o couro encaliça. A gente fica forte para enfrentar as tempestades. Do outro lado, aqui tem um pai de família, aqui tem um filho, aqui tem um esposo, um ser humano como qualquer outro, e lógico que eu temo essas perseguições”, disse.
Sobre questionamentos de que ele não estaria “fazendo política”, o gestor explicou que as pessoas precisam ter a compreensão de que quem ocupa o cargo de prefeito precisa administrar a cidade. “Temos a responsabilidade de cuidar de cada centavo do dinheiro público e levar políticas públicas para quem mais precisa. Estamos fazendo esse trabalho no dia-a-dia”.
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