Por g1 SP — São Paulo
Principal prevenção contra a coqueluche é a imunização — Foto: Odair Leal/Sesacre
Doença infecciosa e de transmissão respiratória ocorre principalmente em crianças e bebês menores de um ano de idade. Especialistas apontam que crescimento ocorre por conta da queda vacinal e reforçam importância da imunização.
A cidade de SP registra 105 casos de coqueluche em 2024. Por conta do aumento significativo, que ocorreu principalmente nos últimos meses, a prefeitura emitiu um alerta aos serviços de saúde públicos e privados da capital.
Até maio, eram 32 casos. Em junho, o total subiu para 105. Em comparação com o registrado em 2023, o aumento é de 650%.
O objetivo da medida, segundo a gestão municipal, é reforçar a importância da imunização contra a doença, e sensibilizar os profissionais de saúde para identificação precoce dos casos, notificação imediata e tratamento.
De acordo com a secretaria, nenhum óbito foi registrado até agora no município.
Capital; 105 casos já foram confirmados
Doença e tratamento
A coqueluche é uma doença infecciosa de transmissão respiratória, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ocorre principalmente em crianças e bebês menores de um ano de idade.
Ela não é erradicada, ou seja, circula pelo país, o que reforça a importância de manter a vacinação atualizada.
Sintomas
Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No primeiro, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado:
Mal-estar geral
Corrimento nasal
Tosse seca
Febre baixa
No estágio intermediário, a tosse seca piora e outros sinais aparecem:
Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada
Tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração
Crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo
Os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.
O tratamento é feito com antibióticos disponíveis nos serviços de saúde.
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Pós pandemia e queda vacinal
Segundo dados da secretaria da saúde, em 2020, 2021, 2022 e 2023, os registros não passaram de 12 em cada ano.
O crescimento pode ser explicado pela pandemia de Covid-19, que restringiu o acesso ao sistema de saúde e fez com que doenças fossem subnotificadas.
As autoridades sanitárias e especialistas afirmam, entretanto, que a maioria dos casos está relacionada à ausência de vacina ou ao esquema vacinal incompleto.
"O aumento do número de casos que estamos presenciando e evidenciando está relacionado, sim, sobretudo, a uma queda da cobertura vacinal", aponta a infectologista Juliana Oliveira da Silva, do Cento de Vacinação do HCor.
"A imunização é a principal medida de prevenção da doença, por isso, a Secretaria Municipal da Saúde reforça a importância de manter a vacinação atualizada", afirma a prefeitura.
A capital paulista tem pelo menos dois tipos de imunizantes disponíveis na rede pública de saúde:
Vacina coqueluche de células inteiras: destinada às crianças menores de 7 anos;
Vacina coqueluche acelular (vacina dTpa): destinada às gestantes, com o objetivo de conferir proteção aos recém-nascidos, seja pela passagem de anticorpos maternos ou indiretamente, por conferir imunidade para a mãe. Vacina-se também o grupo de profissionais de saúde que prestam atendimento a essa população de recém-nascidos.
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/06/11/cidade-de-sp-registra-105-casos-de-coqueluche-em-2024-e-prefeitura-emite-alerta-aos-servicos-de-saude-da-capital.ghtml