Explosão de aviário mata 28 mil galinhas e dá prejuízo de R$ 2 milhões; vídeo

Acidente ocorreu por influência das fortes chuvas que atingem o Sul do país

Por Daniela Walzburiech — Florianópolis

Destruição em galpão em Abelardo Luz, cidade no interior de Santa Catarina — Foto: Divulgação/Prefeitura de Abelardo Luz

A microexplosão que atingiu um aviário em Abelardo Luz, no interior de Santa Catarina, na última terça-feira (19/3), causou um prejuízo milionário ao proprietário Ivando Ricardo. O acidente está relacionado com as chuvas fortes que atingem o Sul do país.

Conforme a meteorologista Ana Luiza Dors Wilke, da Defesa Civil de Santa Catarina, o fenômeno ocorreu pela formação de áreas de instabilidade, associadas ao fluxo de calor, umidade da região amazônica e influência de um sistema de baixa pressão.

A microexplosão ocorre quando uma nuvem de tempestade se forma com um volume de água em seu interior maior do que consegue suportar, despejando toda a chuva de uma só vez. 

A câmera de monitoramento do aviário registrou o momento.

Na gravação, é possível observar as aves correndo de um lado para o outro em busca de segu-rança e também o barulho estrondoso do vento. A microexplosão causou a morte de 80% dos animais na hora. O restante morreu na sequência pela falta de comida e água ou foi sacrificado por questões sanitárias.

Em entrevista à Globo Rural, Ivandro afirmou que a estimativa é que o valor chegue a R$ 2 mi-lhões. No momento, a família aguarda o resultado da perícia para definir o planejamento para reconstrução do espaço após a morte de 28,3 mil aves.

“Não posso dizer ainda com precisão, mas chega bem perto disso. Isso sem falar do tempo que vamos ficar sem alojamento. Para reconstruir hoje, pelas informações, passa de R$ 1,8 milhão, fora os outros gastos”, lamenta. O aviário era um dos mais modernos da região, com automatização e sondas de temperatura, umidade e pressão.

Destruição em galpão em Abelardo Luz, cidade no interior de Santa Catarina

Avicultor há 15 anos, Ivando lembra que a família estava em casa quando percebeu as fortes rajadas de vento. “Estávamos nos preparando para ir ao aviário fazer as tarefas do dia. Se tivesse acontecido uns 10 minutos depois, estaríamos todos lá dentro. Aí, sim, seria uma tragédia”.

As duas residências que ficam no mesmo terreno, dele e do sogro, não foram atingidas. O fenômeno meteorológico foi confirmado pela Defesa Civil do Estado um dia depois.

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