Morte foi 'grande golpe' na rede terrorista, segundo a Casa Branca.
G1, com agências internacionais
A Casa Branca confirmou nesta terça-feira (5) a morte de Abu Yahya al-Libi, considerado o segundo mais importante terrorista do atual comando da rede terrorista da Al-Qaeda.
Segundo fontes do governo dos EUA, ele foi um dos 15 mortos em ataque com mísseis disparados por um avião americano sem piloto no norte do Paquistão.
A Casa Branca descreveu a morte de Al-Libi é um "grande golpe" contra a principal rede terrorista do mundo.
Al-Libi era uma espécie de "gerente geral" da rede, cuja experiência é difícil de substituir, de acordo com o governo americano.
Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, citando fontes da inteligência do governo, disse que ele coordenava as ações diárias da rede nas áreas tribais do Paquistão, além das relações com as "filiais" do grupo espalhadas pelo planeta." Segundo Carney, não está claro quem pode sucedê-lo nessas funções.
Al-Libi é o mais importante terrorista do grupo a ser morto desde Osama bin Laden.
Prudência
A informação sobre a morte de Al-Libi havia sido anteriormente divulgada pela imprensa americana e confirmada por funcionários do governo, sob condição de anonimato, às agências France Presse e Reuters.
Os oficiais americanos foram prudentes em relação a Al-Libi, cuja morte já havia sido anunciada erradamente em dezembro de 2009, após um ataque de drones contra o Waziristão do Sul.
Al-Libi, cidadão líbio com cerca de 50 anos, se tornou o número 2 da rede terrorista, segundo analistas, após a morte, em agosto de 2011, de Atiyah abd al-Rahman, outro líbio morto por drones americanos, no Waziristão do Norte.
Mas outros especialistas em terrorismo, ocidentais e paquistaneses, contestam o papel dele e afirmam que Al-Libi é apenas um dos ideólogos e faz parte do círculo dos cinco principais líderes.
Os Estados Unidos, que oferecem US$ 1 milhão pela sua captura, de fato colocam ele na posição 39 dos "procurados por terrorismo", muito aquém do egípcio Ayman al-Zawahiri, sucessor de Bin Laden, morto há mais de um ano por um comando americano no norte do Paquistão, onde estava escondido havia pelo menos cinco anos.