Um rapaz de 18 anos e uma adolescente de 14 foram executados no ponto de ônibus após saírem de uma festa
O corpo de Eduardo Pinheiro da Silva, 18, ficou estendido na esquina da Avenida Almirante Barroso com a Rua Senador Almino, a poucos metros do Centro Dragão do Mar. A Perícia comprovou que ele recebeu 12 tiros
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em conjunto com a Delegacia de Narcóticos (Denarc), investiga o duplo assassinato ocorrido no fim da noite de domingo passado na Praia de Iracema. Dois jovens foram assassinados e outros dois feridos a tiros quando se encontrava em um ponto de ônibus na Avenida Almirante Barroso, a poucos metros da Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur) e do centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
As quatro vítimas foram atingidas com tiros de pistolas de calibres Ponto 40 (0.40) e 380 disparados por quatro homens que ocupavam um Gol vermelho. Os jovens tinham acabado de sair de uma festa no Clube do Reggae, próximo ao Dragão, e caminharam até a Avenida Almirante Barroso, quando foram atacados pelos atiradores.
O jovem identificado como Eduardo Pinheiro da Silva, 18, foi morto com, pelo menos, 12 tiros, segundo comprovou a Perícia Forense. Ele ainda tentou fugir dos criminosos, mas tombou na esquina da avenida com a Rua Senador Almino, na frente da sede da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
Adolescente
Uma adolescente, identificada apenas por Karine, 14, que estava em companhia de Eduardo também foi baleada e morreu a poucos metros dali. Ela recebeu dois tiros à curta distância.
Também foram baleados o adolescente Johnny Peterson Coelho dos Santos, 16; e Felipe Oliveira da Silva, 18. Os dois foram levados de ambulância para o IJF-Centro e, horas depois, receberam alta médica.
A delegada Stella do Amaral Ribeiro, de plantão na DHPP< compareceu ao local juntamente com uma equipe de inspetores e escrivães daquela Especializada e deu início às investigações. Várias cápsulas de calibres Ponton 40 e de 380 foram recolhidas no local por policiais do BPTur e do Ronda do Quarteirão.
Drogas
As primeiras investigações apontam para um ´acerto de contas´ entre usuários de drogas e traficantes. Os dois jovens mortos, assim como os que ficaram feridos, são moradores da Barra do Ceará. A Polícia levantou a suspeita de que o crime foi ´encomendado´ por um traficante da Favela do Gueto, instalada na sede da extinta indústria de jeans Villejack, na Barra do Ceará. Os jovens estariam em dívidas com os chefes do tráfico e foram seguidos desde o momento em que saíram do Clube do Reggae. Segundo ainda a Polícia, a intenção dos atiradores era matar os quatro jovens.
FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA