Guerra no país contra as drogas já matou 55 mil em menos de seis anos.
G1, com agências internacionais
Homens armados invadiram uma clínica de reabilitação de drogas no norte do México na noite deste domingo (3), deixando 11 mortos e pelo menos oito feridos quase um ano após um ataque semelhante nas proximidades.
A polícia estadual disse que o ataque ocorreu nos arredores de Torreon, uma cidade industrial no estado de Coahuila, que faz fronteira com os EUA. A investida faz parte de uma guerra contra as drogas que, segundo estimativas, já matou 55 mil em menos de seis anos.
Em junho do ano passado, treze pessoas foram mortas em um centro de reabilitação na mesma cidade.
Um trabalhador de um centro de recuperação na cidade de Ciudad Juarez disse os traficantes às vezes têm procurado abrigo nos centros, colocando em risco outros pacientes quando seus rivais os procuram.
Guerras territoriais
Cartéis mexicanos de drogas têm focado principalmente usuários de drogas vindas dos EUA, mas, como o número usuários de drogas produzidas localmente está aumentando, novas guerras territoriais ameaçam ainda mais as forças de segurança do país.
Em 2010, vinte homens armados com armas automáticas invadiram um clínica de recuperação na cidade de Chihuahua e mataram dezenove pacientes, todos com idade inferior a 25.
Com uma eleição presidencial a menos de um mês de distância, uma série de terríveis assassinatos relacionados a drogas - incluindo o despejo de 49 corpos decapitados em uma estrada fora da cidade de Monterrey em maio - está chamando atenção indesejada sobre a situação de segurança do país.
O presidente Felipe Calderon está impedido por lei de concorrer a outro mandato, e parece improvável que seu partido conservador vá ganhar apoio de um eleitorado cada vez mais descrente com a sua incapacidade de se lidar com a violência.
O candidato do partido, Josefina Vazquez Mota, está em terceiro lugar nas pesquisas.
O líder da aposição, Enrique Pena Nieto, do Partido Revolucionário Institucional, diz que as políticas de Calderon apoiadas pelo exército falharam e promete mudar o rumo do país se ele ganhar na eleição, em 1 de julho.
Pena Nieto não oferece uma mudança radical em relação às políticas de Calderón, mas as pesquisas mostram que os eleitores acreditam que ele irá fazer um trabalho melhor em reduzir a violência.
Ele propõe a criação de uma força policial militar para combater gangues de narcotraficantes e quer levar adiante as reformas ao sistema de justiça que pretendem profissionalizar os investigadores criminais e tribunais.