Mubarak sofre crise cardíaca em sua chegada à prisão no Egito

Ex-presidente foi considerado culpado por massacre de manifestantes.

Da agência Efe

O ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, condenado neste sábado à prisão perpétua pela morte de manifestantes em 2011, sofreu uma crise cardíaca em sua chegada à penitenciária de Tora, onde está sendo atendido, informaram fontes médicas à rede de televisão estatal egípcia.

Neste sábado, o Tribunal Penal do Cairo considerou o ex-presidente culpado de implicação no massacre de manifestantes durante a revolta de janeiro de 2011, que terminou na sua renúncia, e o condenou à prisão perpétua. A sentença foi lida pelo juiz Ahmed Refaat.

Também foi condenado à prisão perpétua o ex-ministro do Interior Habib al-Adli pela mesma acusação, enquanto seis de seus ajudantes acabaram absolvidos por falta de provas, segundo o tribunall.

Por outro lado, a corte absolveu Mubarak, seus dois filhos, Alaa e Gamal, e o empresário Hussein Salem, processado à revelia, das acusações de enriquecimento ilícito e danos aos fundos públicos por considerar que esses delitos prescreveram.

Mubarak, com óculos escuros e em uma maca, escutou impassível a leitura da sentença.

Houve incidentes depois de lida a sentença, pelo que os agentes de segurança intervieram.
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O chamado "julgamento do século" no Egito começou em 3 de agosto de 2011, após a detenção de Mubarak e de seus filhos em abril desse mesmo ano na localidade litorânea de Sharm el-Sheikh.

O processo, com um expediente de 60 mil páginas, se desenvolveu ao longo de 49 sessões, que, ao todo, somaram 250 horas, lembrou Refaat.