Em Damasco, ataque atingiu região que abriga os serviços de segurança.
G1, com agências internacionais
Pelo menos 21 pessoas morreram neste domingo em uma ofensiva do exército da Síria numa zona rural da província de Hama, no centro do país, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
O ataque ocorreu no setor de Al Fan e pode haver mais vítimas, pois há desaparecidos e feridos em estado crítico.
O OSDH não informou se os mortos são civis ou rebeldes. "Mas os 21 mortos são todos homens", declarou o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahman.
A agência de notícias oficial Sana afirmou que todos eram membros de um "grupo terrorista armado que estava prestes a atacar cidadãos e as forças de segurança". Todos foram mortos pelo Exército, que também apreendeu suas armas, acrescentou a Sana.
Em imagens postadas no YouTube, filmadas na região de Al Fan, segundo os militantes, é possível ver corpos alinhados no chão envoltos em panos brancos e mulheres chorando sobre os cadáveres.
A província de Hama está entre os redutos da rebelião contra o regime do presidente Bashar al-Assad.
Damasco
Também neste domingo, um atentado com bomba atingiu um bairro do centro de Damasco, perto da sede dos serviços de segurança, deixando quatro feridos, informou a televisão estatal síria.
"Um atentado terrorista provocado pela explosão de duas bombas aconteceu no bairro de Abu Remaneh, na rua Al-Mehdi", informou a emissora.
Na área está localizada a sede dos serviços de segurança e o gabinete do vice-presidente sírio, Faruk al-Shareh.
Moradores relataram ter ouvido uma grande explosão no local.
Abu Remaneh é um bairro residencial elegante do centro de Damasco, que também abriga muitas embaixadas.
A praça dos Omeias, muito vigiada, fica na mesma área.
15 civis mortos
Além disso, 15 civis morreram em um atentado com carro-bomba em um bairro popular nas proximidades de Damasco, informa a imprensa oficial síria, que também acusou um "grupo terrorista armado" pelo ataque.
Ao mesmo tempo, os tanques do regime sírio executavam ataques incessantes contra os redutos rebeldes em todo o país, principalmente em Aleppo e Deir Ezzor, devastados pela chuva de bombas e duramente afetados pela escassez de material de primeira necessidade.
Helicópteros do regime de Bashar al-Assad entraram em ação na província de Idleb (noroeste) e os rebeldes, apesar da intensificação de seus ataques, não conseguem reduzir o domínio da aviação síria nas batalhas.
Vários bairros de Aleppo (norte), segunda maior cidade da Síria, imersa em uma batalha há mais de um mês, eram atacados pelo Exército.
No campo político, o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição síria, decidiu ampliar sua ação e receber novos grupos. Os membros do conselho serão eleitos em uma assembleia prevista para o fim de setembro, anunciou neste domingo o porta-voz George Sabra.
As decisões foram adotadas em uma reunião da direção do CNS em Estocolmo, que terminou no sábado, e na qual o mandato de seu atual presidente, Abdel Baset Sayda, que terminava no próximo dia 9, foi renovado até o fim de setembro, quando acontecerá a assembleia geral, de acordo com Sabra.
"Novas correntes da oposição se unirão ao CNS. Teremos pelo menos cinco ou seis novos grupos (opositores) do interior e do exterior da Síria, que passarão a integrar a assembleia geral do Conselho, declarou Sabra à France Presse.