Demontier Tenório
Dois jovens acusados de envolvimento em um crime de latrocínio na zona rural de Jardim foram presos na tarde desta terça-feira naquele município e trazidos para serem autuados na Delegacia de Juazeiro do Norte. A aposentada Maria Antonia da Silva, de 78 anos, conhecida por Dona Cota ou Tia Dadá foi amordaçada com roupas de sua propriedade e morreu asfixiada na cama do seu quarto que foi completamente revirado pelos assaltantes à procura de dinheiro. Ela residia na Rua Santo Antonio, 32 no Distrito de Novo Horioznte.
Rafael Barbosa ou Fael, que completou 20 anos no dia do crime, e Cícero Ricarto dos Santos, de 31 anos, são vizinhos residentes no Sítio Horizonte e negam participação no latrocínio. O primeiro diz que está sendo acusado por ter feito muitas “traquinagens” quando era menor e já possuir cinco passagens pela polícia. Fael também tratou de livrar a pele de Cícero que estava na residência do mesmo quando a polícia chegou.
O problema é que Cícero estava com uma moto Honda CG 125 Titan de cor prata e placa HXH-2179, inscrição de Crato, com o chassi raspado e suspeita de ser a mesma que vem sendo utilizada em assaltos, principalmente na zona rural de Jardim. A polícia verificou depois ser placa fria e, provavelmente, tenha sido o veículo que garantiu a fuga de Fael e um menor de idade os quais seriam os responsáveis pelo crime. Na conversa com a reportagem do Site Miséria, Cícero também negou.
A polícia não descobriu o que teria sido levado da casa de Dona Cota, cujo corpo foi encontrado por volta das 9 horas desta terça-feira em sua residência. O Cabo F. Alves comandou as diligencias que resultaram na prisão dos dois e diz não ter dúvidas da participação dos mesmos observando que até a família de Fael admite essa possibilidade a exemplo de parentes da vítima. O militar também falou ao Site Miséria sobre essa rápida resposta da polícia.
O agricultor Cícero Pedro da Cruz, mais conhecido por Vaninho, é sobrinho da vítima e disse ter conversado com o menor suspeito de envolvimento. Ele contou que Rafael botou panos na boca de Dona Cota e o mandou procurar dinheiro. Como não estava encontrando, segundo acrescentou, ele pediu que fosse segurar a mulher para ir procurar o dinheiro. O adolescente disse que quando se aproximou percebeu que a aposentada já tinha morrido.