Professores voltam a se reunir com governo após rejeitar proposta

Por Igor Gadelha 

Professores das universidades federais voltam a se reunir com o Governo Federal na tarde desta terça-feira (24), para uma nova rodada de negociações. Na reunião desta segunda-feira (23), todas as instituições presentes na mesa de negociação rejeitaram a proposta do Ministério da Educação (MEC) de reajuste salarial e do plano de carreira apresentada no dia 13 de julho.

No encontro, o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (ADUFC-Sindicato), Marcelino Pequeno, entregou a todas as instituições presentes o documento aprovado pelos professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) em assembleia geral em 19 de julho.

“Temos uma grande divergência com o governo enquanto concepção. O conjunto das entidades rejeitou por unanimidade, e o governo avalia que tem avançado na sua proposta. O que eles oferecem desestrutura ainda mais nossa carreira”, disse a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira.

Sem critérios             

A Andes apresentou ao governo documento com 13 itens que desqualifica a proposta de aumento salarial oferecida pelo governo. Segundo o texto, “a proposta foi elaborada sem a definição de conceitos, de critérios e de índices necessários à reorganização e à afirmação de direitos” e ainda classificou como “desestruturação da carreira docente e da malha salarial correspondente”.

No entanto, para o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, o governo tem trabalhado para a resolução do problema. “Estamos trabalhando arduamente para chegar a um acordo para que possamos retomar atividades, recuperar o tempo de greve e para que nossos alunos não sofram prejuízos ainda maiores que já tiveram”, disse.

Balanço da greve

Dados do Andes e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) apontam que a paralisação já atinge 57 das 59 universidades federais de todo o Brasil, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica. No Ceará, UFC, Unilab e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE) aderiram à greve.