Vontade do jogador prevaleceu no negócio
Guilherme Abrahão
Rio de Janeiro (RJ)
O atacante Rafael Sobis permanecerá nas Laranjeiras. O Fluminense entrou em acordo com o Al Jazira (EAU) e comprará os direitos econômicos do jogador em definitivo. O novo vínculo terá duração de três temporadas. Na tarde desta quinta-feira foi confirmada pelo BID a rescisão do antigo contrato de empréstimo.
Apesar de ter recebido uma proposta de cerca de R$ 8,75 milhões rejeitada duas semanas atrás, o Fluminense seguiu tentando desdobrar os árabes para acertar o negócio. Sem espaço no clube e com a chegada de Fernandinho, ex-São Paulo, o Al Jazira resolveu abrir mão do jogador e aceitar a proposta anteriormente rejeitada.
O empresário do atacante, Jorge Machado, confirmou o acerto e garantiu que a vontade de Sobis permanecer no clube foi essencial para fechar o negócio e assinar o contrato por mais três temporadas.
- O Fluminense merece esse crédito. O esforço para manter o Sobis foi muito grande e o clube acreditou nele, em especial o Abel Braga, no ano passado, quando ninguém mais queria o Rafael. Agora, o Fluminense venceu a concorrência de outros grandes clubes do Brasil e ele resolveu ficar porque voltou a ser disputado graças ao bom futebol na equipe - afirmou o agente.
Contudo, a negociação correu sérios riscos de não se concretizar devido ao impasse criado pelo próprio Fluminense. A demora para enviar a proposta e chegar aos valores comum, tirou o xeque, dono do clube, do sério e inicialmente ele se mostrava irredutível em aceitar menos do que os R$ 13 milhões que vinham sendo pedidos, R$ 2 milhões a menos do que a multa rescisória estabelecia.
O baixo aproveitamento de Sobis no Al Jazira, juntamente com o risco de não estar visando nenhum tipo de ressarcimento pelo jogador, fizeram o clube árabe abrir mão e aceitar o que foi oferecido. O iminente retorno do atacante fizeram o clube abrir mão de certa quantia.
O Grêmio também se mostrou interessado em contar com Rafael Sobis, mas a vontade do jogador de ficar no Fluminense fizeram os gaúchos saírem da negociação.