Crato deverá ter a eleição mais cara do Cariri

Madson Vagner

O município do Crato deverá ter a eleição mais cara da região do Cariri. A informação é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e se baseia na declaração dos candidatos sobre o teto financeiro a ser gasto durante a campanha eleitoral. Juntos os quatro candidatos podem gastar R$ 7,3 milhões.

O Crato supera municípios como Juazeiro do Norte, onde os candidatos assumiram um gasto de, no máximo, R$ 4,1 milhão e Barbalha, onde os custos de campanha não devem alcançar R$ 2,7 milhões.

A maior previsão de gastos de campanha foi declarada pelo candidato do PMDB, Ronaldo Gomes de Matos com R$ 2,5 milhões. Em seguida vem Cícero França (PV) com R$ 2 milhões; Sineval Roque (PSB) com R$ 1,5 milhão e como a campanha mais barata vem o candidato do PT, Marcos Cunha, com R$ 1,3 milhão.

Além da campanha mais cara, o município do Crato tem, segundo o mesmo TSE, os candidatos com os maiores patrimônios. Os quatro chegam a possuir juntos bens moveis e imóveis que ultrapassam os R$ 6,9 milhões.

Sineval Roque lidera a lista dos mais ricos com R$ 4.847.194,09. Em seguida vem Ronaldo Matos com R$ 1.395.690,95, Marcos Cunha com R$ 491.417,52 e Cícero França com R$ 180.308,13.

O Crato tem 195 candidatos a vereadores que concorrem a 19 vagas.

Sendo redundante
Na verdade, mesmo sendo redundante é importante dizer que isso é previsão de teto. Não quer dizer que a eleição vai ter esse custo. Agora se pararmos para analisar friamente, veremos que dos quatro candidatos, dois são empresários bem sucedidos e dois profissionais liberais bem destacados em suas profissões. Então não há muita surpresa nesses números. Para ser sincero, até esperava mais.

Mas é claro que falo de bens, já que, caso aconteça, uma eleição no Crato custar mais que em Juazeiro é estranho. Ou, os candidatos do Juazeiro erraram para menos, ou os candidatos do Crato erraram para mais. Isso, sem esquecer que o Crato tem um candidato a mais. Juazeiro tem quase o dobro da população e de eleitores em relação ao Crato. E proporcionalmente deveria gastar mais.

Por outro lado, os quatro candidatos do Crato, estão no mesmo patamar. Têm expectativas muito parecidas. Diferente de Juazeiro, onde o candidato do PSOL, Demontieux Fernandes resumiu seus gastos em, no máximo, R$ 100 mil e Barbalha, onde, o também, candidato do PSOL, Antônio Hildegardis estipulou seus gastos em R$ 40 mil. Ou seja, os candidatos do PSOL estão com orçamentos muito abaixo dos praticados pelos outros candidatos. E isso, de certa forma, causa um desnivelamento no valor final.

Certo mesmo é que a eleição do Crato começa a se desenhar como uma eleição com quatro candidaturas fortes politicamente e dispostas a gastar; pelo menos na previsão.