Fornecimento de armas e munição termina em prisão de guarda municipal

Agentes da Coin apreenderam armas e munições de grosso calibre na residência do suspeito, em Pacajus

Após vários dias de investigações, agentes da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) detiveram, no Centro de Pacajus, o guarda municipal Mauro Maia Holanda e apreenderam um revólver 3.57 e várias munições de armas longas e de grosso calibre. Ele é acusado de fornecer armas e munição para uma quadrilha de assaltantes de bancos que agia em todo Ceará.

Com a quadrilha da qual Fabiano Alves Alencar fazia parte, a Polícia encontrou farta munição, inclusive 14 emulsões explosivas (bananas de dinamite). O bando foi desarticulado no fim de junho deste ano. Sete foram presos 

O bando foi desmantelado no final do mês passado, quando os membros foram presos na capital cearense, Pacajus e Pacatuba, após recebimento de denúncia dando conta que o grupo criminoso pretendia explodir o cofre de uma agência bancária no interior do Estado.

Engano
O advogado Mikhail Gomes, defensor de Mauro Holanda, diz que houve um equívoco por parte da Polícia ao acusá-lo de fazer parte da quadrilha. "Meu cliente é sócio de um clube de tiro e tem inclusive registro no Exército", disse, acrescentando que na próxima segunda-feira apresentará ao Poder Judiciário toda documentação provando que o constituinte dele tinha aquele material com amparo legal.

De acordo com a defesa de Mauro Holanda somente o revólver calibre 3.57 não tem documento de registro. "As munições ponto 50 estão sem pólvora, mostrando que meu cliente as tinha apenas para enfeite", ressaltou Mikhail Gomes, lembrando ainda que Mauro Holanda é uma pessoa idônea, pois do contrário, não estaria na Guarda Municipal de Pacajus até hoje.

Sobre a possível amizade entre Mauro Holanda e José Fabiano Alves Alencar, o advogado disse que ele conhecia o pai do bandido. "Ele nunca teve qualquer conversa com o Fabiano. Só conhecia o pai dele, que é falecido", assegurou.

Carro-forte
Policiais civis e militares permanecem com as buscas aos bandidos que explodiram o carro-forte da empresa Brinks, no início da noite da última quarta-feira, em Ibaretama, no Sertão Central. O titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Romério Almeida, estima que a quadrilha seja composta por cerca de 15 bandidos. Dos presos, Sheldon Ribeiro Alves, 36, já está na CPPL de Caucaia.

FERNANDO BARBOSA

REPÓRTER