Ofensiva ocorre dias após ataque com 96 mortos assumido pela al-Qaeda.
G1, com agências internacionais
Pelo menos 62 supostos membros da al-Qaeda, a maioria de nacionalidade somali, além de três soldados do Exército iemenita, morreram neste sábado (26) em um ataque lançado pelas tropas governamentais contra posições da organização terrorista na cidade de Zinyibar, no sul do país.
A ofensiva militar ocorreu dias após o atentado terrorista que deixou 96 mortos na capital iemenita, cuja autoria foi assumida pela al-Qaeda. O grupo tinha como alvo o ministro da Defesa do país, que escapou com vida.
Segundo informou o Ministério da Defesa iemenita em comunicado, a ofensiva contra este bastião da al-Qaeda na Península Arábica provocou a morte de 62 "jihadistas" e de três de seus militares da Brigada 25, que tomou o controle das zonas de Al Meraqad e Al Meshqasa, no noroeste de Zinyibar.
Na nota, o Governo iemenita pressionou os combatentes da al-Qaeda que ainda resistem na cidade a "se entregarem se quiserem salvar suas vidas".
Em outra nota, emitida anteriormente, o general Mohammed Abdallah al-Somli explicara que "unidades da brigada produziram duros golpes contra os terroristas, lhes infligindo grandes perdas em vidas e material".
Além disso, Somli destacou que suas forças apreenderam fuzis, foguetes, lança-granadas e outros tipos de armas, além de uma grande quantidade de munição.
O Exército iemenita lançou em 12 de maio uma ampla operação militar para expulsar os membros da al-Qaeda de Zinyibar, capital da província de Abian, e da cidade Yaar, localidades que estão há quase um ano em poder dos "jihadistas".
Yaar, localizada cerca de 30 quilômetros ao norte de Zinyibar, é o maior reduto da "al-Qaeda" e de seu grupo vinculado Ansar al-Sharia (Seguidores da Lei Islâmica).
Esses dois grupos, que aproveitaram a instabilidade no Iêmen após os protestos que levaram à renúncia do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, declararam a zona que controlam um "emirado islâmico".