Substância em excesso no cérebro pode causar morte de criança de 2 anos.
G1, em São Paulo
A inglesa Areesha Shehzad, de dois anos, que passa 12 horas por dia em cama com painéis que emitem raios UV em tratamento contra síndrome rara.
Receber luz ultravioleta em câmara de bronzeamento artificial é apenas estética para alguns. Mas para a inglesa Areesha Shehzad, de 2 anos, é questão de sobrevivência.
A garota, que vive em Bradford, na Inglaterra, sofre da síndrome de Crigler-Najiar, uma deficiência metabólica que provoca a elevação da quantidade de bilirrubina no sangue. Cerca de 200 pessoas no mundo sofrem com este problema.
A menina precisa ficar 12 horas por dia deitada em um berço adaptado com painéis que emitem raios ultravioleta. O tratamento, chamado de fototerapia, evita que o excesso de bilirrubina chegue ao cérebro, o que poderia ter consequências fatais.
Isso faz com que Areesha fique muito tempo sozinha, o que forçou a criança a aprender a brincar sozinha. A mãe dela, Salma, conta que às vezes levanta de madrugada e vê que a filha está angustiada. Por isso, mesmo na calada da noite, passa a diverti-la como forma de distração.
De acordo com especialistas, os níveis normais de bilirrubina são entre 5 e 20. A menina está na marca de 300. Acima de 450, significa um alto risco de dano cerebral. Quanto mais velha Areesha ficar, precisará de mais sessões de fototerapia. Entretanto, após completar quatro anos, o tratamento se torna menos viável, já que a pele huma engrossa e bloqueia a luz.