Baixo estoque de vacinas contra a H1N1 preocupa clínica de vacinação de Fortaleza

 

"Estamos com o estoque de vacinas contra a H1N1 em alarme", declarou Núbia Jacó, médica e coordenadora de uma clínica de vacinação particular em Fortaleza. Com as chuvas, muitas pessoas procuraram a rede particular de vacinação da Capital para se imunizarem contra a influenza. A falta de vacinas na rede privada não preocupa somente as clínicas de Fortaleza, mas de cidades de todo o País.

Em São Paulo, Mato Grosso e Paraná, muitas clínicas particulares não têm mais as vacinas. "Nós ainda temos bastante estoque e podemos garantir a vacinação de muitas pessoas, mas a vacina está faltando em muitos laboratórios que distruibuem para as clínicas, e é isso que está nos preocupando", afirmou Núbia. De acordo com a médica, muita gente está procurando a clínica para tentar levar as vacinas para os estados onde estão faltando as doses. Nas clínicas privadas, a dose da vacina contra a H1N1 custa, em média, R$ 70.

A rede pública, pelo contrário, possui doses sobrando, mas só está atendendo ao grupo prioritário, composto por mulheres grávidas, idosos com mais de 60 anos, crianças entre seis meses e dois anos de idade, profissionais da área de saúde e indígenas.

Manoel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), declarou que, apesar da campanha nacional de vacinação contra a H1N1 ter terminado, as vacinas não foram recolhidas dos postos de saúde e as pessoas que fazem parte do público alvo ainda podem recorrer à rede pública para serem imunizadas.

No Ceará

Desde o começo do ano 519 casos suspeitos de influenza A (H1N1) foram notificados. Destes, 138 foram confirmados. Fortaleza, Beberibe, Aracati, Horizonte, Caucaia, Russas, Monsenhor Tabosa, Cascavel, Pacajus, Fortim, Pacatuba, São Luis do Curu, Paraipaba, Crateús, Itaitinga, Madalena, Maranguape e Ererê confirmaram casos em seu território.

Oito pessoas morreram por conta da doença no Estado, três delas em Fortaleza.

No Brasil

O Ministério da Saúde registrou 790 casos confirmados de gripe H1N1 no País e um total de 85 mortes em 2012. A maior concentração de ocorrências está nos estados da Região Sul, principalmente em Santa Catarina, onde foram contabilizados 458 casos da doença, com 35 mortes.

Segundo o Ministério da Saúde, é pouco provável que ocorra uma epidemia, como a de 2009, quando 2.060 pessoas morreram.