Tribunal aceita tese de legítima defesa e absolve homem de 71 anos que praticou um homicídio

 

Demontier Tenório

O Conselho de Sentença do Tribunal Popular do Júri acolheu a tese de legítima defesa e absolveu o agricultor José de Araújo, de 71 anos, mais conhecido por José Luiz 

Reunido nesta terça-feira no auditório do Fórum Desembargador Juvêncio Santana de Juazeiro do Norte, o Conselho de Sentença do Tribunal Popular do Júri acolheu a tese de legítima defesa e absolveu o agricultor José de Araújo, de 71 anos, mais conhecido por José Luiz. Ele é réu confesso no assassinato a facadas de Genival Roque de Oliveira Silva, o Galego. 

O crime aconteceu no dia 28 de fevereiro de 2004 ou há mais de oito anos, no interior do Bar de Antonio Cirilo, o "Tô" que funciona no Sítio Sabiá. Naquele dia, o aposentado encontrou a vítima no estabelecimento quando surgiu uma discussão e houve luta corporal contida por populares. Momentos depois, José Luiz empunhou uma faca desferindo os golpes que mataram Galego. 

Testemunhas que prestaram depoimento relacionaram as rixas entre os dois à “comentários maldosos” que a vítima fazia na localidade sobre o agricultor. Alguns disseram que Galego costumava xingar o acusado que foi defendido no tribunal pelo Defensor Público, Iranildo Feitosa, enquanto o Promotor Germano Guimarães representou o Ministério Público. 

A sentença foi lida pela juíza Ana Raquel Colares dos Santos Linard e foi a terceira absolvição em 10 julgamentos nos últimos dois meses no fórum de Juazeiro, que tem sempre acolhido uma boa platéia formada por acadêmicos de Direito da região. Nesta quarta-feira (04), deverá sentar no banco dos réus o crediarista Geraldo Campos de Freitas para ser julgado por ter assassinado a tiros, em junho de 1996, Cícero Nonato Feitosa Silva.