Prédio inaugurado há 20 dias também sofre problema de falta de água.
G1 CE, com informações da TV Verdes Mares
Parte da população reclama da demora de até quatro dias para liberação de cadáveres no prédio do Instituto Médico Legal do Ceará, inaugurado há 20 dias em Fortaleza. Segundo os usuários do serviço, a direção do IML alega que faltam profissionais para atender a demanda.
O pintor Adriano Gonçalves, cujo o filho morreu vítima de assassinato na sexta-feira (29), ainda não havia obtido a liberação do cadáver nesta segunda-feira (2). "Ontem passamos o dia todo esperando e hoje também. Aí a gente foi mandado de volta para casa. Alegaram que só tinha um médico de plantão e não foi feito a nercrópsia", diz o pai de uma vítima.
Jaílton Gomes diz que veio de Natal, no Rio Grande do Norte, no domingo (1º), e espera há 13 horas pela liberação. "A liberação aqui demora muito. É desesperador perder uma pessoa assim e custar tanto para liberar", diz. Até a manhã desta segunda-feira, Jaílton ainda não havia recebido a liberação do cadáver.
Número insuficiente de peritos
O novo prédio foi inaugurado há 20 dias e na semana passada faltou água no local. De acordo com a direção do IML, os legistas estão trabalhando normalmente. Na manhã desta segunda-feira, segundo a direção do IML, dois profissionais trabalhavam no necrotério e dois atendiam situações de lesão corporal. Ainda assim, a quantidade é considerada insuficiente pela direção.
"O número de peritos deve ser regularizado, porque ele está insuficiente. Em dezembro haverá concurso que deverá findar [o problema]", diz Maximiano Chaves, diretor do IML. Em relação à falta de água, Chaves diz que a caixa d'água será ampliada, mas ainda não há data para a obra. "O prédio foi triplicado de tamanho e a sua área então está insuficiente. E ainda vai ser regulizarada."